Uma Viagem Sensorial no Montebelo Vista Alegre Ílhavo Hotel
O lançamento de uma nova carta gastronómica no Montebelo Vista Alegre Ílhavo Hotel, com assinatura do Chef Rui Rodrigues, serve de mote a uma visita pela unidade hoteleira, que, em abono da verdade, bem poderiam ser um conjunto de hotéis a coabitar no mesmo espaço.
O Montebelo Vista Alegre Ílhavo Hotel foi inaugurado em 2015. À época, com cerca de 70 quartos, num novo edifício, construído de raiz, com as mais diversas comodidades e valências. No cerne do imponente edifício foi possível preservar a Fonte do Carapichel e o exterior da cisterna, cuja água, de particularidades curativas, sobretudo a nível ocular, permite uma “Vista Alegre”.
Parecem não existir coincidências e acasos neste belíssimo espaço e tudo se relaciona com factos históricos e estórias, que só uma marca prestes a celebrar, em 2024, 200 anos consegue almejar.
O Montebelo Vista Alegre Ílhavo Hotel
O edifício principal do Hotel, com três pisos, é um convite à modernidade e ao contemporâneo, com SPA, piscina interior, sauna, jacuzzi, banho turco, ginásio, piscina exterior aquecida e outras comodidades que os clientes fidelizados parecem não poder dispensar e que, aliás, procuram especificamente, entre as suas viagens, para relaxamento e revitalização do corpo.
Cada um dos pisos, do edifício primordial, tem uma decoração temática que alude ao processo produtivo da cerâmica, dos moldes e gesso ao branco caulino até chegar à manufactura. É impossível, mesmo para um leigo, não perceber as diferentes etapas de produção, à medida que chega a cada um dos pisos. Acresce o facto de cada quarto ter uma decoração distinta, avançada por uma placa que identifica o número do quarto e os elementos decorativos no interior do mesmo. Tudo isto, por meio de espaçosos corredores, com imensos pontos de luz natural, incapaz de deixar qualquer um indiferente.
O extremo cuidado e bom gosto dedicados à decoração de cada espaço, aliado a peças decorativas de renome, algumas das quais elaboradas especificamente para ocupar aquela divisão, tornam cada quarto uma inevitável e agradável surpresa.
Fosse apenas este o edifício que constitui o Montebelo Vista Alegre Ílhavo Hotel e já a visita teria valido a pena. O sucesso do empreendimento parece dar-me razão. E foi, exatamente, esse sucesso que deu origem a uma unidade hoteleira atual com 162 quartos. A oferta mais que duplicou, desde a inauguração. Um facto que se justifica, como nos parece óbvio, pela imensa procura.
Recuperar e abarcar a casa do fundador foi a solução encontrada. Viajamos, portanto, no tempo, de um espaço confinado, para encontrar um oratório, passagens secretas, um palacete do século XVII, uma suíte com varanda para a Capela. Entre apontamentos originais, reabilitação de espaços e reconstruções, a imagem de José Ferreira Pinto Bastos, o fundador, numa sala com tetos magnificamente ornamentados e com uma mesa posta, onde o requinte e o glamour se combinam. Não estivéssemos junto à fábrica da Vista Alegre.
Casa do fundador, bairro operário, casas dos mestres foram os espaços intervencionados, para albergar novos visitantes e hóspedes, numa expansão que termina em novíssimos apartamentos, de várias tipologias. Do nómada digital às famílias, do negócio ao lazer, da passagem à permanência, há uma solução que se adapta a cada um.
O cuidado e a minúcia com que cada quarto ou espaço se apresenta é digno da história daquele local. Isto quando chegamos ao extenso terreiro, que conduz ao Teatro, ao Museu e à Capela de Nossa Senhora da Penha de França. Há demasiada História condensada num só espaço, para que possa fazer-lhe jus nestas poucas linhas.
O bairro dos operários continua a ser alojamento para algumas famílias que ali trabalham, um “luxo” proporcionado pelo fundador e que se mantém, volvidos dois séculos, numa clara regalia para os trabalhadores da fábrica.
Poder circular entre todos estes espaços, tão díspares entre si, mas que acabam por se entrelaçar, é uma viagem única. Tudo isto, pontuado com um magnífico cenário, numa vista sobre o rio, que não pode deixar de nos inspirar.
É, aliás, por isso - e aqui tenho mesmo que abrir um parênteses - que o Montebelo Vista Alegre Ílhavo Hotel patrocina e acolhe residências artísticas. Não há como não se sentir inspirado por cada detalhe, sublimado por uma paisagem ímpar.
O Restaurante Montebelo Vista Alegre Ílhavo Hotel
A potencialidade do alojamento do Montebelo Vista Alegre Ílhavo Hotel não deve ser descurada - julgo que é impossível fazê-lo, perante tão imponente espaço.
No entanto, para a comunidade local ou para os que procuram uma refeição, o restaurante do Hotel afigura-se como uma óbvia e sensata opção, pronta a instigar as papilas gustativas, embalados num cenário idílico.
A nova carta gastronómica do Chef Rui Rodrigues é, precisamente, o convite ao apurar de sentidos, numa mescla de cozinha tradicional, nipónica ou mediterrânea. Os produtos autóctones fazem par com ingredientes de outras cozinhas, numa reinvenção de sabores, que julgamos não ser possível, até à primeira garfada. Chegamos, naquele momento, à constatação de que é possível não gostar de enguia, mas é impossível não apreciá-la pela forma como é aqui confecionada e servida. O espumante Rosé Quinta das Bageiras acompanha esta maravilhosa entrada, bem como a sopa de peixe e marisco com algas da região, servida numa louça que alude a todos os nossos sentidos.
Segue-se a garoupa, com brandada de bacalhau e beurre blanc, regada com vinho branco Casa da Ínsua. Que dizer? Um prazer que passa da estética do prato à estética do prato. Parece uma redundância, mas não. Falo-vos da comida e da louça, ambos pratos cuidadosamente elaborados e apresentados.
O Limoncello é bebida dos Deuses, para limpar o palato e prepará-lo para um lombo de boi Bella Itália, com gorgonzola e presunto de Parma. “Mamma mia” é, de pronto, expressão que nos ocorre, um trocadilho fácil, em sabores difíceis de definir. Acompanha o prato um vinho tinto Avó Fausto da Quinta das Bageiras.
Por fim, quando pensamos ter avivado todos os nossos sentidos, um indescritível mil-folhas de ovos moles, com vinho licoroso, abala os alicerces do que tínhamos como adquirido. Uma sobremesa nunca é “apenas” uma sobremesa, nesta nova carta repleta de história, de sabores e de lugares.
Estas são apenas algumas das sugestões possíveis na nova carta gastronómica, assinada pelo Chef Rui Rodrigues, do Restaurante Montebelo Vista Alegre Ílhavo Hotel, que se abre à comunidade e aos hóspedes, para horas sem hora marcada.
Uma carta que se inspira na porcelana que dá vida aos pratos e nos pratos que dão vida à porcelana, numa simbiose perfeita, só possível experienciar na Vista Alegre.
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