O terceiro maior porto do mundo

Comecei o meu passeio pela cidade num dos marcos mais populares de Hamburgo: a Igreja St. Michaelis, uma das igrejas barrocas mais bonitas da Alemanha.

Caminhei depois até ao porto. O bairro de Speicherstadt é um símbolo da importância do comércio e da indústria que transformou a cidade portuária de Hamburgo numa das mais ricas da Alemanha. Um enorme complexo de armazéns, que antes era movimentado com mercadores e marinheiros e agora é Património Mundial da UNESCO.

Porto de Hamburgo
Porto de Hamburgo créditos: The Travellight World

Hamburgo possui, ainda hoje, o maior porto marítimo da Alemanha (e o terceiro mais movimentado da Europa), razão pela qual a cidade ficou conhecida no país como a "porta de entrada para o mundo".

Gostei de o visitar e de dar uma volta por St. Pauli Landungsbrücken (as docas) para admirar os edifícios históricos que se encontram à beira-mar. Vi também o navio-museu "Rickmer Rickmers". Não entrei, mas acredito que seja interessante para quem goste de veleiros antigos.

No porto há ainda lojas e restaurantes variados e uma outra atração: o Alter Elbtunnel (antigo túnel do Elba). Este túnel foi inaugurado em 1911, tem 3km de extensão e conduz a uma pequena ilha de onde podemos apreciar a paisagem urbana de Hamburgo.

Porto de Hamburgo
Porto de Hamburgo créditos: Pixabay

Mais de duas mil pontes

De regresso ao centro, parei no lago Binnenalster e continuei até à Jungfernstieg, a principal avenida comercial da cidade. Perdi-me pelas ruas laterais, apreciando a maravilhosa mistura de prédios antigos e lojas modernas.

Conhecida por ter mais pontes do que qualquer outra cidade do mundo, mais de 2.300, segundo li, Hamburgo tem também muitas igrejas importantes, como a de São Nicolau, que foi o edifício mais alto do mundo por um curto período de tempo no século XIX.

É fácil de caminhar pelos canais e rapidamente chegar à praça principal do centro da cidade de Hamburgo: a "Rathausmarkt".

Rathausmarkt
Rathausmarkt Rathausmarkt créditos: Pixabay

Aqui fica a Câmara Municipal de Hamburgo, um edifício neo-renascentista de 1886, considerado um dos mais belos e maiores edifícios da cidade.

Um pouco à frente, perto da estação central de comboios, está o museu Hamburg Kunsthalle, um dos melhores museus de arte da Alemanha que tem uma impressionante coleção de pinturas do século XIX ao século XXI.

Vida noturna

Já ao entardecer fui conhecer a zona de Reeperbahn, o centro da vida noturna de Hamburgo. Esta área está cheia de excelentes restaurantes, bares, teatros e discotecas.

Os clubes onde os Beatles tocaram na década de 1960 - o Indra Club e o Kaiserkeller - estão localizados numa rua lateral chamada "Große Freiheit".

Vida noturna
Vida noturna créditos: The Travellight World

Arte urbana e gastronomia

No segundo dia visitei o Miniature Wonderland e achei fascinante esta exibição de comboios miniatura que reproduz linhas férreas nos Alpes, Estados Unidos Escandinávia e Itália.

Dei também um passeio pelo bairro de Schanzenviertel para ver o que de melhor Hamburgo tinha para oferecer ao nível da street art e experimentei o famoso Fischbrötchen de Hamburgo, que nada mais é do que um pedaço de peixe com pickles no pão (devo confessar que não me convenceu, por mim, fico com a nossa sardinha assada no pão que é bem melhor).

No geral, gostei bastante da cidade, por isso digo que se Hamburgo não estiver na vossa lista de lugares a visitar na Alemanha, deveria estar. Pode não ter os palácios de Munique ou os museus de Berlim, mas é uma cidade com uma vibração jovem, uma vida noturna ativa e atractivos suficientes para garantir um fim de semana muito bem passado.

No centro de todas atenções

O Volksparkstadion é o estádio de futebol onde Portugal vai disputar com a França a passagem às meias-finais do Euro 2024. Fica situado na zona ocidental de Hamburgo, já acolheu dois campeonatos mundiais de futebol e é considerado um dos melhores estádios de futebol da Alemanha, com capacidade para 57 mil espetadores.

O jogo acontece esta sexta-feira, às 21h locais (20h, hora de Lisboa).

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Artigo originalmente publicado no blogue The Travellight World