Tailândia, o destino de praias paradisíacas que integrava a nossa lista de 'must-see' desde cedo, por isso quando surgiu a oportunidade de fazer uma viagem de amigas pela Ásia, nem hesitámos em incluir esse destino no nosso roteiro.
A nossa viagem começaria e acabaria em Singapura, país do qual falaremos depois, mas entre as variadíssimas e igualmente interessantes opções de países vizinhos, optamos apenas por conhecer a Tailândia para podermos explorar melhor o país. Muito ficou por visitar, uma vez que são inúmeras as ilhas deste país, tornando até difícil a elaboração do roteiro, motivo pelo qual deixo aqui relatada a nossa experiência e diário de viagem. Uma das dúvidas mais comuns costuma surgir bem antes de chegarmos a esta parte e prende-se com a necessidade ou não de vacinação. Bom, pela minha experiência, a opinião dos médicos quanto a essa questão é um pouco variável, uma vez que de um grupo de três, apenas uma das meninas foi aconselhada a fazer vacinação, contudo não deixem de ir à consulta do viajante e tomar as devidas precauções que vos forem recomendadas. Acima de tudo, cuidado com águas não engarrafadas e alimentos crus.
Como já referi, começamos por Singapura, onde ficámos alojadas alguns dias e, daí partimos para Banguecoque. Há imensas companhias 'low cost' a ligar os dois países, pelo que foi fácil e barato arranjar um voo conveniente. Como decidimos começar o nosso roteiro pelo norte do país e descer a partir daí, à chegada a Banguecoque apanhámos logo voo de ligação para Chiang Mai, a capital do norte da Tailândia. Atenção, não se esqueçam de verificar sempre de que aeroporto de Banguecoque sai o vosso voo, pois existem dois aeroportos na cidade, o Aeroporto Internacional de Banguecoque – Suvarnabhumi e o velho aeroporto internacional de Banguecoque – Don Mueang, de onde saem a maior parte das companhias 'low cost'. Caso cheguem a um aeroporto e saiam de outro, como no nosso caso, não se preocupem pois há transporte de autocarro gratuito entre os dois, que demora cerca de 45 minutos, dependendo do trânsito (que tende a ser caótico nesta cidade, por isso previnam-se com alguma margem de tempo). Basta seguirem as indicações de shuttle bus e apresentarem o vosso bilhete de avião no balcão existente ao lado do ponto de recolha.
À chegada a Chiang Mai, apanhámos táxi até ao nosso hotel, onde ficaríamos por duas noites. O serviço de táxi é um dos menos regrados da Tailândia, por isso ao entrarem no carro peçam sempre para ligarem o taxímetro ou combinem antecipadamente o preço que irão pagar pela viagem, caso contrário, o mais provável é pagarem, por exemplo, o triplo do valor real da viagem.
Chiang Mai é uma cidade tranquila, sem qualquer semelhança com a azáfama caótica de Banguecoque e onde é possível ter um maior contato com a cultura tailandesa. Apesar da sua tranquilidade, não faltam opções de restaurantes e bares e a gastronomia aqui é das melhores que experienciámos. Aliás, não posso deixar de recomendar que visitem o restaurante vegetariano Anchan, simples e despretensioso, mas onde nos serviram algumas das comidas mais deliciosas da viagem (panacotta de mel e lavanda: bom, bom, bom!)
Tínhamos guardado a visita que mais nos empolgava para o dia seguinte, pelo que aproveitámos este primeiro dia para conhecer as principais atrações de Chiang Mai, considerada a capital espiritual da Tailândia, motivo pelo qual existem mais de 300 templos espalhados pela cidade. Grande parte deles estão concentrados no centro histórico da cidade, por isso o truque é dirigir-se até lá e deixar-se perder. A não perder também o Night Bazaar, aberto das 18h30 às 24h00 e onde podem treinar a vossa capacidade de regatear, algo muito útil neste país. Se não sabem regatear, acreditem, vão saber no final da vossa viagem. Para quem gosta de animais, há ainda duas boas opções o Templo dos Tigres, e o Patara Elephant Farm, uma quinta onde podem visitar estes animais e até ajudar os instrutores a cuidar da alimentação ou dos banhos dos elefantes.
Para o segundo dia em Chiang Mai, deixámos então a visita à tribo das Long Neck, e ao templo Wat Rong Khun na província de Chiang Rai. É um passeio que ocupa o dia todo, e pode ainda ser completado com uma viagem de barco no rio Mekong pelo triângulo dourado (Tailândia, Laos e Myanmar), mas que optámos por não fazer. Comprámos a excursão no nosso hotel, onde nos apanharam bem cedo e deixaram no final do dia, estando o almoço incluído, tudo pelo custo de cerca de 25€.
O templo branco como é conhecido o Wat Rong khun, datado de 1997, é dos templos mais bizarros já construídos, com a serenidade e pureza do seu belo exterior branco a contrastar com o interior de paredes de cores fortes e adornadas com pinturas de alguns dos maiores símbolos e elementos da cultura pop contemporânea - Michael Jackson, Freddy Krueger, Neo, do filme Matrix, entre outros – valendo a pena perder algum tempo a apreciar este desfile carnavalesco de elementos sem qualquer relação aparente entre si.
A visita à tribo das Long Neck ficou para a tarde, com um almoço buffet de comida tailandesa pelo meio para recarregar baterias. A excitação para esta visita era muita, por estarmos prestes a conhecer algo totalmente novo para nós e com um toque de aventura que nos aumentava a adrenalina. No final de contas, revelou-se uma experiência fascinante mas bastante menos aventureira do que imaginámos, uma vez que as mulheres-girafa como são também conhecidas, estão bastante habituadas às visitas dos turistas, sendo essa a sua principal fonte de rendimento, motivo pelo que somos convidados a adquirir alguma das peças de artesanato que lá têm expostas. Convidam-nos também a experimentar um colar semelhante àqueles que usam e a posar para as fotografias fazendo parelha com elas. Embora se tenha perdido a genuinidade do quotidiano na tribo com estas visitas, não deixa de ser algo que não irão mais conhecer noutro qualquer local do mundo, por isso, fica a recomendação de visita.
O dia seguinte, foi dia de regressar a Banguecoque, desta vez com paragem de dois dias e três noites para conhecer a cidade. Ficámos alojadas no Hotel Adelphi Suites, no bairro Sukhumvit 8, com excelente localização, próximo de bastantes restaurantes, bares e zonas comerciais. O melhor: o pequeno-almoço, a excelente vista do nosso quarto no 6 piso e a piscina no último piso do hotel, que fez as nossas delícias todos os finais de tarde.
E as praias, perguntam vocês? Calma que guardamos o melhor para o fim. O roteiro continua AQUI
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