A primeira vez que pisámos a marina desta cidade australiana o nosso pensamento mudou. Passou de “esta é uma viagem de uma vida” para “a nossa vida podia pertencer a Sydney”. Aqui, sentimos que se fizéssemos 22 horas de voo só para lá ir, valeria a pena. Sydney é mágica e arrebatadora.
Ao contrário de Ayers Rock, em Sydney, sentimos que o tempo lá passado nunca é suficiente. Embora tenha sido a estadia mais longa da nossa viagem, três dias e três noites, e suficiente para explorarmos os principais pontos turísticos, há sempre vontade de lá estar e desfrutar da cidade e do que ela tem para nos oferecer. Não há descrição para a sensação de observar a majestosa Casa da Ópera à noite ou um jantar na Baía de Darling, com os bonitos e iluminados arranha-céus como pano de fundo.
Sydney é única. Aqui a água é a protagonista, criando recortes e baías, que tornam a cidade cosmopolita e moderna, também aberta e respirável. Desde Circular Quay à Baía de Darling, passando pelo Centro Financeiro ou pela zona histórica The Rocks, tudo em Sydney é bonito, bem tratado e convidativo.
Vamos destacar aqui alguns pontos turísticos indispensáveis, não sem antes, recomendarmos que se percam pelas ruas da cidade, sem rumo, e desfrutem dos jardins, das esplanadas, dos cafés, dos restaurantes e bares elegantes e sofisticados. Isto é Sydney!
O que visitar
Casa da Ópera
O ícone da cidade, merece ser vista de dia, ao entardecer e à noite. Tomem uma bebida num dos bares da baía, com a Ópera iluminada em todo o seu esplendor. É impagável.
Taronga Zoo
É imperdível, acima de tudo pela viagem de ferry, que nos dá outra perspetiva da cidade e pela sua localização, com vistas privilegiadas sobre a Ponte e a Baía da Ópera. Além disso, foi a única oportunidade que tivemos de ver coalas na Austrália, porque em natureza não conseguimos, e têm mesmo de ver coalas, são o animal mais fofo daquele país (claramente aqui é a Ana quem está a escrever, mas o João subscreve).
Bondi
A praia mais famosa de Sydney. Não é a mais bonita que conhecemos na Austrália, mas é sem dúvida, uma das mais carismáticas. Com um enquadramento bastante incomum, delimitada por duas falésias com filas de casinhas pitorescas e coloridas a fazer lembrar a alfândega do Porto e encimada por um grande e belo relvado. O ambiente é jovem e descontraído, com músicos ao longo do calçadão a animarem os grupos que vão chegando e se vão espalhando do relvado até ao areal em amena cavaqueira ou só a observar as dezenas de surfistas que pacientemente esperam a melhores ondas.
The Rocks
A zona mais antiga da cidade, onde os colonos construíram as suas residências. De arquitetura bem diferente do resto da cidade, com casas baixas e ao estilo europeu. Esta zona goza de localização privilegiada com vista para a Ópera e em simultâneo para a Ponte da Baía de Sydney. Vale o passeio, com passagem pelas docas até ao jardim à beira-mar.
Jardim Botânico
Estrategicamente plantado à beira-mar, delimitado por contrastes. De um lado a tranquilidade da marginal marítima com a Ópera e a Ponte, do outro os edifícios altos e modernos do Distrito Financeiro. São jardins bastante extensos, muito bem cuidados, e que permitem conhecer um pouco da fauna e da flora do país. A entrada é gratuita.
Porto de Darling
Outro dos portos de Sydney, mais dedicado ao entretenimento, onde podemos encontrar o museu Madame Tussaud, o oceanário Sealife, um cinema Imax, bem como inúmeras opções de restauração e animação noturna. Recomendamos a visita a este porto durante a noite, para apreciar as belíssimas luzes da cidade.
Gastronomia e entretenimento
Para terminar, deixamos algumas recomendações gastronómicas e de entretenimento, pois foi um dos aspetos de Sydney que mais gostámos.
Não deixem de provar canguru. Pode soar estranho ao ouvido, mas não será tão assim tão estranho ao paladar, assemelhando-se a carne de caça. Sabemos que não agradará a toda a gente, mas adorámos. Fica aqui o nome do restaurante, o Searock Grill, onde provámos para garantir que a vossa experiência será tão boa quanto a nossa. Outra sugestão, onde podem provar mais pratos da gastronomia australiana (que nos agradou bastante) sem se desiludirem: Fairmont no Occidental.
Se puderem, subam ao bar do hotel Shangri-La (Blue bar) no 36º piso para tomar uma bebida e desfrutem da vista panorâmica sobre a baía de Sydney e sobre a baía de Darling. A vista que obtêm é semelhante à da Torre de Sydney, mas com os 18 dólares que pagariam pelo bilhete (ou 26 se for comprado no local) desfrutam de um delicioso cocktail. Há ainda espaço para mais duas recomendações na categoria de bares, que não poderíamos deixar de mencionar, pois são dos mais bonitos em que já estivemos: o Establishment Bar e o Ivy Bar.
Informações
Orçamento para estes três dias: Aproximadamente 500 euros para os dois (para despesas de refeições, entrada no zoo e bares)
Como chegámos lá: Voo de Ayers Rock, pela companhia Virgin, com destino a Sydney por 150 euros por pessoa, com mala de porão incluída.
Mês escolhido: Setembro. Primavera a começar.
Preço médio da refeição: Se for em restaurante, com entrada, prato, copo de vinho e sobremesa, pagam aproxidamente 80 euros por pessoa. No restaurante do hotel Shangri-La, equivalente a três estrelas Michelin, paga-se facilmente 150 euros por pessoa.
Alojamento: Ficámos alojados em casa de familiares, mas fiquem a saber que num hotel de três estrelas paga-se em média 80 euros por noite, sem pequeno almoço.
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