A cultura é fascinante, as pessoas são divertidas e a arquitetura é muito variada. Há os edifícios reluzentes do distrito financeiro central, com a icónica sede da Televisão Central da China (CCTV), o arco-íris fluorescente que rodeia o lago Houhai e as hutongs (ruas ou becos) misteriosas do centro, tendo a mais estreita (Qianshi Hutong) apenas 40 centímetros de comprimento. Construídas na dinastia Yuan (1271-1368), é nestas ruas que se descobre a essência de Pequim. Aqui, é difícil perder os velhos hábitos. Os habitantes locais ainda fazem apostas em lutas de grilos e, frequentemente, guardam os insetos como animais de estimação nas suas cabaças, para que ouvirem o seu canto ao longo do dia.
Pequim é o epicentro do cenário cultural e político da China desde a dinastia Ming e duas das atrações mais famosas deste país podem ser encontradas nesta cidade.
A Grande Muralha é algo que tem de se ver para crer. Construída no topo de uma cordilheira, mantém-se firme graças ao cimento feito com o arroz glutinoso e estende-se ao longo de 8.850km.
Eunucos, concubinas, assassinos e imperadores – a Cidade Proibida já viu de tudo. Os edifícios de 980, que constituem este palácio magnífico, foram construídos sem utilizar um único prego e foram protegidos por muralhas enormes durante 500 anos. Qualquer cidadão comum que ousasse atravessar os seus portões era condenado à morte, mas hoje em dia pode-se explorar este local à vontade.
Menos conhecido internacionalmente, mas não menos impressionante, é o Palácio de Verão do Distrito Haidian. Este deleite real abrange 300 hectares e é marcado por 3.000 estruturas sintéticas, incluindo templos, pontes e pavilhões à beira do lago, com nomes como ‘País das Maravilhas’ ou ‘Corredor das Nuvens Dispersas’.
A descoberta das hutongs é um dos maiores prazeres de Pequim. Os da zona de Zhong-Gulou são particularmente arejados porque quase não foram alterados desde o século XIII, enquanto em Wudaoying Hutong é onde se aglomeram os cafés independentes da cidade. Experimente o Metal Hands e o Lan Club se pretender um café extremamente forte e observar a população e os costumes locais.
ONDE FICAR?
Localizado num edifício resplandecente no centro do distrito financeiro, o Rosewood Beijing é a primeira morada de luxo da cidade. O seu interior espetacular é inspirado no romance chinês O Sonho da Câmara Vermelha e possui uma personalidade distinta: os seus restaurantes Country Kitchen e House of Dynasties são ambos excelentes.
Se para si for mais apelativo percorrer grandes distâncias enquanto observa os hutongs mais peculiares de Pequim, experimente o The Emperor, uma opção infalível com uma piscina no terraço. São ligeiramente extensas, mas não pode ignorar as coleções de artefactos das dinastias Qing e Ming, na Galeria de Arte Lv Garden Huanghuali. Estruturado ao estilo dos pátios antigos, este hotel boutique, galeria e espaço de eventos, está situado na fronteira Norte da cidade, bem localizado para visitar a Grande Muralha.
ONDE COMER E BEBER?
Tal como tudo em Pequim, a comida também está integrada na história da cidade e é claramente distinta da gastronomia do resto da China. Dirija-se até ao Siji Minfu para provar o pato à Pequim. A pele crocante é mergulhada em açúcar estaladiço e servida com a pasta de feijão doce tradicional. Experimente o Man Fu Lou para comer hotpot, um prato bem característico da cultura local. Uma tigela enorme de caldo vem a ferver para a mesa e nela pode cozer várias iguarias cruas, como as tiras de carne de vaca, os noodles, cogumelos e ovos de codorniz. O Old Beijing Zhajiang Noodle King é uma opção discreta, especializado em zhajiang mian, uma salada fresca de noodles aromatizada com feijões e pasta de carne de porco.
Artigo originalmente publicado na Food and Travel Portugal
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