A partir do dia 19 de setembro, o Centro de Arte e Cultura da Fundação Eugénio de Almeida apresenta Ilhéus de Moira Forjaz, uma série de retratos fotográficos de habitantes da Ilha de Moçambique, os grandes protagonistas desta exposição.
Numa exposição que se destaca por abordar o facto de estar tudo dentro de um único grande céu e todos terem direito a um nome, Moira Forjaz exprime o seu interesse em capturar a essência e a vida do sujeito retratado, os seus sonhos, frustrações, deceções e satisfações.
Assim, "Ilhéus" presta homenagem às pessoas especiais, vibrantes, interessantes e doces da Ilha de Moçambique, convidando os eborenses a estabelecer um diálogo com estas, mediado pela cor, pela luz e pela sombra que dominam os retratos.
Esta viagem à Ilha de Moçambique, que se virtualiza agora na Sala Rostrum no piso 0 do Centro de Arte e Cultura, é também uma forma de promover a proximidade de dois territórios com História e Património comuns, o que é particularmente relevante no atual contexto pandémico, em que se alargaram distâncias e tornou-se longínquo o que já era longe.
Testemunho da aventura portuguesa de outros tempos, o local que é retratado em "Ilhéus" é o grande amor de Moira Forjaz, que conheceu em 1976 e onde vive atualmente. Cidade geminada com Évora, desde 1997, é igualmente Património Mundial, em reconhecimento pela singularidade da sua paisagem arquitetónica, realçada pelos sinais da expressiva presença dos portugueses, que ali chegaram no século XVI.
Fortalezas, torres e igrejas testemunham a sua importância estratégica como escala de navegação da Carreira da Índia entre Lisboa e Goa, aberta por Vasco da Gama. Serviu de morada ao poeta Luís de Camões e de inspiração para a mítica Ilha dos Amores cantada n’Os Lusíadas.
A entrada no Centro de Arte e Cultura da Fundação Eugénio de Almeida é gratuita e o horário de funcionamento é compreendido entre as 10h00 - 13h00 e as 14h00 - 18h00, de terça-feira a domingo.
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