Muitas patentes não chegam a ver a luz do dia por exigirem grandes inovações tecnológicas e serem demasiado “originais”. Já outras são mais prováveis do que possamos imaginar. Recorde algumas das patentes mais estranhas criadas para os aviões reunidas pelo Business Insider.

Um avião que consiga atravessa o Atlântico em menos de uma hora

Esta patente, aprovada em agosto de 2015, permitiria aos passageiros viajar de Londres para Nova Iorque em uma hora, quebrando o recorde anterior realizado pelo Concorde, que poderia fazer a viagem em cerca de 3 horas e meia.

A patente da Airbus descreve o avião como "um veículo aéreo que inclui uma fuselagem, uma asa distribuída em ambos os lados da fuselagem e um sistema de motores capaz de impulsionar o veículo aéreo". Seria um avião como o que pode ver nesta imagem.

Patente da Airbus
Patente da Airbus créditos: Airbus

A Airbus não foi a única fabricante a tentar acelerar as viagens áreas. Em 2016, nasceu também o projeto Antipode que pretendia ir de Londres a Nova Iorque em 11 minutos.

Cockpit sem janelas?

Esta patente, registada pela Airbus em 2014, iria redesenhar por completo a aparência do cockpit do avião moderno. Os pilotos passariam a utilizar uma tela digital para observar os arredores, o que deixaria de lado a necessidade de janelas.

As imagens da patente mostram o cockpit no nariz do avião, no entanto, seria possível transferir o cockpit para trás do avião, ou por baixo, o que em troca permitiria aos aviões serem mais longos na parte da frente e aerodinâmicos.

Cápsulas para dormir como nos hotéis japoneses

Uma das desvantagens de voos de longo curso é o facto dos passageiros da classe económica não terem a possibilidade de se deitarem.

Uma patente registada em setembro de 2015 pretende acabar com este problema. As cápsulas para a classe económica iriam permitir aos passageiros deitarem-se e dormir, contudo, poderia ser um problema para se sentarem.

De acordo com o documento da patente, os passageiros ainda deveriam seguir as regras de segurança da decolagem e aterragem e continuariam a ser servidas refeições.

Airbus pods
Airbus pods

Assentos que o obrigam a socializar com o “vizinho”

A intenção desta patente criada pela Zodiac Aerospace será a de racionar o espaço nos aviões e criar mais lugares de passageiros em viagens curtas.

No conceito a que foi dado o nome de HD 31, a Zodiac pretende que numa fila de três lugares, um dos assentos esteja virado para trás criando um padrão semelhante a uma colmeia. Ao virar um dos assentos e ao adicionar assentos que sobem quando não estão a ser utilizados, a empresa acredita que vai conseguir adicionar até mais 30 lugares.

Uma “mochila” para que consiga ter uma boa noite de sono

Patenteada pela fabricante de aviões Boeing, a “mochila” é uma espécie de cama de massagens, mas na vertical. A intenção é que possa usá-la para dormir bem em pouco espaço.

O dispositivo, semelhante a uma mochila com cabeceira, tem, na patente, o nome de “abertura de alívio facial”. Daquilo que se entende é que o passageiro inclina-se e dorme com a cabeça voltada para baixo.

Quer o ângulo do apoio para a cabeça, quer do suporte para o corpo são ajustáveis. Também pode ser usado como um sistema de massagens que pode relaxar o passageiro.

Assentos como os de bicicleta para avião

Leu bem. Se já se queixa da falta de conforto nos voos, imagine se os assentos fossem semelhantes aos de uma bicicleta. Seria uma forma de economizar espaço e eliminaria alguns elementos como a mesa de refeições e os encostos para trás. Os passageiros também ficariam com pouco espaço para as pernas.

A Airbus, responsável pelo registo desta patente, admite que os bancos seriam pouco confortáveis, mas acredita que o custo reduzido do voo curto compensaria a viagem.

Beliches no avião?

É mais uma patente da Airbus com a intenção de rentabilizar o espaço e a ocupação das aeronaves tendo em vista a redução dos custos das companhias aéreas.

Os assentos-beliche poderiam ser também ser adotados em autocarros ou comboios. Este tipo de assento, segundo a Airbus,"ainda permite um elevado nível de conforto para os passageiros" e envolve dois níveis de assentos numa mesma cabine.

No caso de se utilizarem assentos-beliche, as bagagens de mão, que tradicionalmente ocupariam o patamar superior, seriam deslocados para um andar inferior do avião.

O modelo é pensado para a classe económica, no entanto, a Airbus garante que poderá ser "adequado" para a classe executiva.

assentos-beliche
assentos-beliche

E se os aviões tivessem a forma de donut?

A Airbus é sem dúvida campeã no que toca a ideias bizarras e futuristas. Para muitos, esta ideia é a invenção mais radical da fabricante pelo facto de implicar um novo conceito de embarque e uma nova disposição de passageiros a bordo.

Ao projetar o avião em forma circular, a fabricante pretende dar resposta aos problemas de pressurização de forma simples, económica e eficaz.

Capacetes de realidade virtual para os passageiros

A pensar na melhor forma de otimizar o tempo passado no avião, a Airbus idealizou algo com capacidade de nos transportar para outros lugares.

Assim a Airbus entrou com um pedido de registo de patente nos Estados Unidos para um "capacete" de realidade virtual com capacidades de "isolamento sensorial".

A proposta é que este capacete esteja ligado à cadeira do avião, podendo ser puxado para cobrir a parte superior da cabeça dos passageiros.

Janelas touchscreen nos aviões?

A Airbus não deixa escapar nada e já patenteou a smart aircraft window, uma janela de alta tecnologia, cuja ideia é funcionar em touch screen.

Segundo a descrição da patente, a janela é "um método para a visualização interativa de informações numa cabine de avião”.

Porta antiterrorista

Criatividade não falta a Airbus e esta patente, registada após os ataques de 11 de Setembro, em 2002, tem como intenção impedir o sequestro dos aviões.

A solução passava pela implementação de um alçapão junto à entrada do cockpit.  O alçapão podia ser aberto pelos pilotos caso sentissem qualquer tipo de perigo. Caso um terrorista tentasse entrar para o cockpit, cairia para uma célula de segurança no nível inferior do avião.