1. Muitas pessoas usam máscaras de hospital

É, provavelmente, a primeira coisa que se repara, porque já no avião vão com as máscaras. Causa estranheza porque nós associamos máscaras a doenças. Mas é exatamente o contrário: os japoneses usam as máscaras cirúrgicas para se protegerem das gripes ou bactérias ou se estão doentes e querem proteger as outras pessoas.

À espera
À espera Pessoas aguardam para atravessar a estrada no bairro de Tsukiji, em Tóquio. créditos: CHARLY TRIBALLEAU / AFP

2. Está tudo impressionantemente limpo

Jamais pense em deitar alguma coisa no chão! Todos iriam reparar e não iriam gostar. Há um enorme esforço para manter este nível de limpeza. Em muitas lojas ou restaurantes pedem aos visitantes que tirem os sapatos sujos que vêm da rua. E no WC há chinelos para usar enquanto lá está.

Há pouquíssimos caixotes do lixo, espera-se que as pessoas guardem o seu lixo até acharem um e será sempre segundo as boas regras da reciclagem.

3. São tão silenciosos

Portugueses, espanhóis e italianos são bastante efusivos e barulhentos. Logo, quando estamos no Japão, todos se apercebem da nossa presença. Os japoneses usam tom de voz sempre baixo, dentro e fora de casa. Temos de fazer como eles: se todos estão em absoluto silêncio no autocarro, nós fazemos igual.

4. Não aceitam gorjetas

É considerado rude oferecer gorjetas. E quem o faz, vê o seu dinheiro ser devolvido imediatamente. Isto porque, eles acham que ninguém deve receber um incentivo monetário para fazer um bom trabalho. Uma gorjeta seria entendida como um alerta para melhorar o seu trabalho.

Pequeno-almoço em Tóquio
Pequeno-almoço em Tóquio Pessoas tomam o pequeno-almoço num pequeno restaurante no bairro de Tsukiji, em Tóquio. créditos: CHARLY TRIBALLEAU / AFP

5. Impossível orientar-se pelo mapa do metro em japonês

O melhor é pedir logo nas bilheteiras um mapa em inglês. Se tiver um mapa com caracteres japoneses, não vai distinguir as paragens. Parece tudo o mesmo! Às vezes, é uma diferença de um tracinho minúsculo que nos passa despercebido.

Podemos tentar em japonês: “Sumimasen. Eigo no mappu wo arimasuka? Arigatou gozaimasu! (Desculpe. Tem algum mapa em Inglês? Muito obrigada!). Depois, é seguir caminho ultra atento, pois os nomes das paragens são em inglês com forte sotaque japonês.

Metro em Tóquio
Metro em Tóquio Metro em Tóquio créditos: Liam Burnett-Blue / Unsplash

6. Quando for à casa de banho

Se é do género de gostar de coisas tecnológicas, os WCs têm toda uma parafernália de botões irresistíveis. Aprenda, logo no primeiro dia, qual o caracter que indica "Stop" (se estiver tudo em japonês). Porque quando a sanita começar a aquecer, deitar repuxos ou a tocar música, é este botão que vai precisar rapidamente.

7. Postura não significa rigidez social

Os japoneses não suspiram de impaciência, não rebolam os olhos ou colocam a mão na cintura enquanto batem com o pé. No ocidente muitas vezes compostura é mal comparada com rigidez, e muitas pessoas acham que é um empecilho para a alegria e para a informalidade. Todas as sociedades poderiam ser descontraídas e educadas ao mesmo tempo, bastava que as pessoas estivessem habituadas desde criança.

Irreverência
Irreverência Um rapaz com cabelo laranja fotografado em Shinjuku, em Tóquio. créditos: CHARLY TRIBALLEAU / AFP

8. Moda

Os japoneses são experts em compostura social, como já disse, então a forma que têm de ser arrojados é através da moda. Muita sobreposição de peças, saias e calções muito curtos, cabelos verdes com penteados extravagantes, resulta num ar divertido e estiloso.

9. Cosplay

Existe imenso no Japão e há muitos eventos, especialmente nos fins de semana. Pessoas de todas as idades vestem-se como personagens de animação, adotam a sua postura e divertem-se. Adoram tirar fotos, o que faz com que haja grande concentração de turistas.

Osaka
Osaka Letreiros luminosos em Osaka créditos: Alexander Smagin / Unsplash

10. Ler ou não ler dá no mesmo

Na nossa vida quotidiana, não nos apercebemos da quantidade de informação com que somos bombardeados a toda a hora. Publicidade, placas de trânsito, montras de lojas, etc., estamos sempre a ler e a processar. No Japão tomamos consciência desta intensa e constante leitura porque… não conseguimos ler nada!

A gentileza, os rituais, os quimonos e os obis (faixas), comer com hashi (pauzinhos), os leques pintados são outros costumes que deixam uma forte saudade deste país.

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Artigo originalmente publicado no blogue Onde andam os Duarte?