Antes da pandemia, as alterações climáticas eram um dos grandes desafios mundiais da atualidade.

O surgimento da COVID-19 acabou por mudar o foco, mas a verdade é que estas continuam a avançar em passos largos e a mostrar efeitos visíveis no planeta, como os fenómenos meteorológicos extremos, que são cada vez mais frequentes.

A busca por um mundo mais sustentável é vista por muitos como uma utopia. Contudo, existem pessoas, projetos e instituições que mostram ser possível, através de pequenas ou grandes mudanças, concretizar a ideia.

Na sua lista de lugares para 2022, o The New York Times elegeu 52 destinos para um mundo em mudança. Na descrição: “lugares à volta do globo onde os viajantes podem ser parte da solução”.

Há parques naturais, vilas, ilhas, regiões demarcadas, hotéis, restaurantes e comunidades que apresentam, na sua forma de receber visitantes, soluções para um mundo mais equilibrado, quer seja a nível ambiental, social ou económico.

Portugal está representado na lista com a região vinícola do Alentejo, onde a produção de vinho de forma sustentável não é apenas uma moda, é uma questão de sobrevivência quando a água escasseia. O jornal destaca ainda o programa de sustentabilidade implementado na região desde 2015.

Ao percorrer a lista de destinos, ficamos com a ideia de que o turismo pode e deve contribuir para um mundo melhor. Mas basta olharmos para outros exemplos para perceber que, muitas vezes, este setor é parte do problema.

É um equilíbrio difícil, todavia, essencial para que seja possível continuar a viajar, afinal, não há planeta B. É importante conhecermos os dois lados da moeda, mas é bom lembrar que estas mudanças de paradigmas e comportamentos devem também começar em cada viajante. E você, faz parte da solução ou parte do problema?