A plataforma de aluguer temporário Airbnb anunciou na passada terça-feira (8) a criação de uma estrutura para abrigar profissionais de saúde e voluntários que lutam contra a COVID-19, mas também para ajudar as populações afetadas por desastres naturais.
"Airbnb.org é uma nova organização sem fins lucrativos que conecta as pessoas com lugares para ficar em tempos de crise", explica o grupo.
A nova organização "vai permitir que os anfitriões do Airbnb ofereçam estadias gratuitas e com desconto para pessoas afetadas por emergências, incluindo desastres naturais e a pandemia de COVID-19", acrescentou o comunicado.
O Airbnb premiará o Airbnb.org com 400.000 ações da empresa, enquanto os seus cofundadores Joe Gebbia, Brian Chesky e Nate Blecharczyk doarão seis milhões de dólares.
O Airbnb vai abrir o capital na quinta-feira e espera arrecadar cerca de três mil milhões de dólares, o que avaliaria o grupo em 42 mil milhões.
O preço unitário alvo está entre 56 e 60 dólares por ação.
Os fundos alocados ao Airbnb.org permitirão à organização disponibilizar imediatamente dois milhões de dólares "para apoiar amplas parcerias" com a Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (IFRC), apresentada como a maior agência humanitária do mundo e a organização central.
"Nos próximos dois anos, o Airbnb.org vai destinar 1 milhão de dólares para cobrir estadias de funcionários (da Federação Internacional) e voluntários que apoiam comunidades em todo o mundo afetadas pela COVID-19 e outros desastres humanitários", detalha a declaração.
A plataforma indica que "estas estadias (...) são particularmente úteis para parceiros governamentais e sem fins lucrativos durante um ano em que a pandemia de COVID-19 tornou extremamente difícil instalar pessoas vulneráveis em abrigos coletivos tradicionais."
Pessoas que oferecem hospedagem gratuita ou fazem doações "receberão uma distinção especial no seu perfil para reconhecer a sua generosidade e compromisso com as comunidades necessitadas", disse o Airbnb.
Esta nova organização permite estruturar os diferentes programas de contato entre os hóspedes e as pessoas que deles necessitam, implementados pela Airbnb desde 2012.
A plataforma diz que desde então, “da Austrália à França, mais de 100.000 anfitriões ofereceram-se para abrir as suas casas e ajudaram a abrigar 75.000 pessoas necessitadas”.
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