O restauro do edifício foi feito com cuidado e bom gosto. Todos os elementos históricos do edifício neo-renascentista, como a torre do relógio, os tectos altos e as janelas originais, foram preservados sem que isso implicasse, de modo algum, sacrificar um ambiente mais moderno, confortável e luxuoso.

Os interiores ficaram a cargo do Studio Linse, do designer Paul Linse, responsável por projectos icónicos como é o caso do restaurante do famoso Rijksmuseum, mas Portugal está aqui muito presente. Pequenos detalhes da decoração, tanto nas áreas públicas como nos quartos, surpreendem-nos e recordam-nos a cada instante que este hotel pertence a um grupo hoteleiro português.

Não pude deixar de sorrir quando vi que estão ali as nossas andorinhas, as sardinhas coloridas, os sabonetes, saquinhos de sachê perfumado nos armários do quarto com aroma a vinho do Porto… e um recepcionista que nos recebeu com toda a simpatia e fez o check-in em língua portuguesa.

Percorra a galeria e veja algumas imagens do hotel.

O quarto em que fiquei tinha uma boa área e estava dividido em dois pisos. O piso de cima - uma mezzanine - tinha a cama, um televisor de ecrã plano e uma bela banheira, ideal para relaxar depois de um dia inteiro a visitar as atracções da cidade.

No piso de baixo existia uma casa de banho completa com um chuveiro e uma sala de estar com outro televisor e decoração simples (eu diria até minimalista) mas confortável.

O hotel tem ginásio e um SPA com sauna e uma piscina interior que abre às 06h30 da manhã e só encerra às 22h00 o que nos dá bastante tempo para aproveitar o espaço antes ou depois de visitar a cidade.

O ARC, restaurante do hotel, é comandado por Peter Lute, um dos jurados do Masterchef Holandês e um dos mais conhecidos chefes de cozinha do país. A comida é boa, mas não excepcional, o que desaponta um pouco pela expectativa criada e pelos preços praticados (altos para o bolso português).

O buffet de pequeno-almoço é servido no mesmo restaurante. É bom, tem pão, croissants, bagels, cereais, iogurte, ovos, fruta, salmão fumado… mas, comparando com outras experiências em hotéis 5 estrelas, achei que era um pouco caro para a variedade de produtos oferecidos (25 € por pessoa).

Agora o menos bom: o hotel abriu há pouco tempo, algumas áreas ainda estão em obras e alguns detalhes ainda não estão afinados. Enquanto lá estive, um dos elevadores estava avariado e os terminais de pagamento por cartão de débito/crédito estavam sempre a falhar. O Wi-fi (gratuito) era fraco e também estava sempre a “ir a baixo” tanto no quarto como na recepção.

A simpatia dos funcionários ameniza essas (pequenas) falhas.

Por isso, tendo em conta a localização (perto do centro, junto ao rio Amstel e no bairro Pijp, que é considerado o “Quartier Latin” da capital Holandesa), o conforto dos quartos e a beleza do edifício que é um monumento nacional, não posso deixar de recomendar este hotel a quem pensa passar uns dias em Amesterdão.

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Artigo originalmente publicado no blogue The Travellight World