Há lugares que despertam a criança que há em nós e o Parque Biológico da Serra da Lousã é certamente um desses lugares.

Ao percorrer os longos caminhos do Parque Biológico, temos o prazer de encontrar espécies raras como o lince ou o lobo e até algumas já extintas em Portugal como o urso pardo que, recentemente, voltou a ser visto em território nacional.

Sou louca por felinos e tive a sorte de, ao longo das minhas viagens, ter visto muitos destes grandes gatos, mas nunca tinha visto um lince e fiquei absolutamente maravilhada.

Lince
créditos: Parque Biológico da Serra da Lousã

Poder observar com alguma proximidade estes animais, que, embora em cativeiro, estão integrados num ambiente de floresta, é uma experiência única e especial.

Mas há muito mais para ver, nomeadamente aves de rapina — águias, corujas, milhafres, etc — raposas, javalis, texugos, ginetas, furões e herbívoros como gamos, veados, corços, cabras e muitos outros.

Para todos os animais residentes, os técnicos do Parque Biológico tiveram o cuidado de criar um habitat que proporcionasse bem-estar físico e emocional às espécies e reunisse todas as características e estímulos essenciais para satisfazer as suas necessidades.

Raposa
créditos: H. Borges
Parque biológico
créditos: H. Borges

Os caminhos estão bem pavimentados e são facilmente acessíveis a famílias com carrinhos de bebé ou a pessoas em cadeira de rodas.

Há também lugares, ao longo do percurso, onde podemos parar para descansar à sombra de castanheiros, carvalhos, medronheiros e outras espécies de flora existentes nas nossas matas e florestas.

O Parque Biológico da Serra da Lousã acolhe ainda uma Quinta Pedagógica que se assume como um “museu vivo” das raças da agro-pastorícia tradicional portuguesa.

Neste espaço, os visitantes, miúdos e graúdos poderão conhecer diferentes raças de vaca, cabra, ovelha, porco, e várias raças de galináceos e também patos, perus, porcos-da-índia e coelhos.

Anexo à Quinta Pedagógica encontra-se o Centro Hípico com picadeiro coberto e descoberto onde poderão observar cavalos e burros.

Vale a pena referir que todo o trabalho e maneio destes animais é realizado por pessoas portadoras de deficiência e/ou com doença crónica, incluindo doentes mentais graves, já que o Parque e a Quinta são projetos da Fundação ADFP cujo objetivo principal é a solidariedade social.

Centro hípico
créditos: H. Borges

Durante uma visita ao Parque Biológico podemos realizar uma experiência de cavalo ou pónei. A denominada “voltinha” a cavalo / pónei tem uma duração aproximada de 5 minutos, é realizada no recinto do Centro Hípico e custa 2,00€ por pessoa (+ valor de entrada no parque). Para isso basta fazer uma reserva prévia (48h) no Centro de Informação (pessoalmente ou por telefone).

Falta referir que antes de chegar ao Parque Selvagem, encontramos também um labirinto com 320 de árvores de fruto de espécies distintas como cerejeiras, pessegueiros, amendoeiras, nogueiras, aveleiras, marmeleiros, entre outras, Este labirinto surge como uma homenagem aos viveiristas da região centro dado que a Associação de Viveiristas tem a sua sede fundacional em Miranda do Corvo.

Para mais informações, horários e preços consultem o site oficial do Parque Biológico.

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Artigo originalmente publicado no blogue The Travellight World