A pouco mais de duas horas de carro de Lisboa e Porto, Castelo Branco está, também, a duas horas de Cáceres, Espanha, um pouco mais de Valladolid e a quatro horas de Madrid.

Em Castelo Branco, as longas filas são substituídas por banhos de sol à beira rio ou piscina. As noites são preenchidas pelo convívio ao ar livre com a família ou amigos. Os dias são bem dispostos a conhecer a terra que fica no centro de tudo. Castelo Branco alia a boa gastronomia à animação, a tranquilidade à segurança, as paisagens aos rios, e a história à cultura.

 O castelo dos templários ao centro cívico – o local de eleição para animar o fim-de-dia e noite que fica no coração da cidade, uma praça com vida, que reúne cafés e esplanadas, espaços verdes e um espelho de água, que servem para amenizar o calor que se sente nas noites albicastrenses - passando pelas ruas pitorescas marcadas pelos portados quinhentistas, a torre do relógio, o núcleo de museus – do Museu do Cargaleiro ao Centro de Interpretação do Bordado - a Sé Concatedral e o Jardim do Paço Episcopal. Há muito por descobrir. 

Numa escapadinha de 3 dias à região, a proposta de roteiro pode começar com a visita ao Parque do Barrocal, espaço invulgar de história natural.

Parque do Barrocal
Parque do Barrocal DR

Também apelidado de “oásis refrescante de história natural”, o Parque do Barrocal tem um espaço pensado inteiramente para as famílias, com sete mirantes, diversas formações geológicas de interesse, passadiços e trilhos naturais, um parque infantil para os mais novos e um observatório de aves, entre outras atrações naturais. As visitas são gratuitas e com possibilidade de agendar visita guiada. 

E, porque as férias de verão devem ter um mergulho, Castelo Branco oferece praias fluviais, ou a Piscina Praia, um espaço de lazer com um conceito inovador que nos faz ter no centro do país, uma experiência refrescante. Há hidroginástica, aqua zumba, atividades lúdicas e pedagógicas para crianças.

Piscina-Praia
DR

A piscina-praia pensada para aquelas famílias para quem férias são sempre sinónimo do bom e velho “dolce far niente”, que é como quem diz, em bom português, não fazer nada, estar apenas deitado ao sol, com ocasionais banhos para refrescar. Nem é preciso preocupar-se com as refeições, porque o local é servido de um restaurante com esplanada. Se, ao final do dia, ficar com vontade de fazer uma leve caminhada, mesmo na zona envolvente à piscina há uma zona de lazer com largos metros de passeio e uma ciclovia.

Se é daquelas pessoas que nas férias procura estar mais perto da natureza, Castelo Branco oferece duas praias fluviais. A praia fluvial do Sesmo, no extremo Oeste do concelho, em proximidade à antiga vila condal - Aldeia do Xisto de Sarzedas, esta praia é rodeada por montes e vales característicos da zona do pinhal interior. A praia fluvial de Almaceda, conhecida também por “Poço do Lagar”. O curso natural da Ribeira de Almaceda foi aproveitado para criar o açude que deu origem à praia fluvial, enquanto se mantém um lagar de azeite rústico que, antigamente, aproveitava a força das águas para o seu funcionamento. Um espaço que conquista qualquer um, num abrir e fechar de olhos, já que ao chegar é-se presenteado com uma bela ponte que atravessa a ribeira desde a zona de chegada até ao relvado, ao campo de futebol, ao bar ou à zona de churrasco. 

praia fluvial de Almaceda
Praia fluvial de Almaceda DR

Castelo Branco tem tudo… até Aldeias do Xisto – Sarzedas e Martim Branco. Na manhã do segundo dia “dê cordas aos sapatos”, fazendo a Rota da Ribeira da Magueija - Sarzedas (PR9). Com uma distância de 4,5 km e duração de 1h20min, o percurso é linear e não muito longo. Dá a conhecer três aldeias da freguesia de Sarzedas. outras praias fluviais a visitar no segundo dia. São elas, pequenos paraísos, as praias fluviais da Lisga e de Sesmo, no extremo Oeste do concelho, em proximidade à antiga vila condal - Aldeia do Xisto de Sarzedas, que é rodeada por montes e vales característicos da zona do pinhal interior.

Sarzedas distingue-se pelos traços de cor que lhe marcam as fachadas das casas rebocadas a caminho da Fonte da Vila. Antiga Vila e sede de Concelho, o seu Pelourinho, o Largo, as Igrejas e Capelas, sobressaem numa malha urbana com casas de belo traçado e volumes grandiosos, que atestam a presença marcante da História.

Outra Aldeia do Xisto é Martim Branco que ficou ali, ao lado da ribeira, a ver as pessoas a partir e esqueceu-se do mundo. E assim ficou durante muito tempo, até que, há alguns anos, despertou dessa dormência. Por detrás das casas da última rua, a ribeira de Almaceda faz cantar as águas e os rouxinóis. Lá fora, o forno comunitário ainda exala o cheiro do pão acabado de cozer. 

Para o terceiro dia há mais amores escondidos à vista de todos. A Serra da Gardunha é um dos locais a reter. Nas primeiras horas do dia, aproveite este refúgio de enorme diversidade biológica. Classificada como paisagem protegida de Portugal, integra a Rede Natura 2000 e guarda em si uma fauna e flora únicas como a caldoneira, arbusto espinhoso, denso e com aspecto almofadado. Mas, é ali que pode descansar e ver o “mundo” sentado no Baloiço do Castelo Velho, ou Baloiço de São Vicente da Beira. A vista alcança planícies, uma sucessão de Serras e importantes pontos de água (como é o caso da Albufeira de Santa Águeda/Marateca).

Fácil e difícil, ao mesmo tempo, é escolher o que comer entre toda a gastronomia, porque toda a gente sabe que as calorias das férias não contam. Seja o cabrito, borrego assado ou chanfana, uma sopa da Beira, o azeite, o queijo, o mel e os enchidos, o vinho, uma sobremesa como a tigelada, há um pouco de tudo para todos os gostos.