É uma das séries mais populares da ficção norte-americana, cuja popularidade e loucura se estendeu ao resto do mundo. Depois da Croácia, a Islândia também se viu invadida pelos muitos fãs da saga de fantasia escrita por George R. R. Martin, transformada em série televisiva pela HBO, que querem seguir o rasto dos Stark, Targaryen ou Lannister.
Se há país no mundo em que o nome ‘As Crónicas de Gelo e Fogo’ [nome da saga literária] assenta que nem uma luva é a Islândia. A produção grava a maior parte das cenas neste país.
Esta pequena ilha, localizada do norte da Europa, conta com cerca de 340 mil habitantes, mas o número de turistas que a visitam anualmente são bem superiores. Só em 2017, o governo islandês está a contar receber perto de 2,3 milhões de estrangeiros vindos de todo o mundo.
O país, e principalmente os locais, estão descontentes com estes números, acima de tudo preocupados com as consequências desta entrada massiva de turistas e o reflexo que poderá ter em alguns locais naturais mais populares, como a Lagoa Azul ou o lago glacial Jökulsárlón.
“Todos nós temos de ter cuidado para não nos tornarmos vítimas do nosso próprio sucesso”, disse a ministra do Turismo, Thordis Gylfadottir, em declarações à “Bloomberg”.
Os responsáveis pelo turismo da Islândia estão a estudar agora novas propostas para diminuir o impacto da visita dos turistas, preparando-se para implementar novas taxas aos visitantes nas unidades hoteleiras e licenças especiais aos operadores turísticos e empresas de autocarros.
“Algumas áreas não podem simplesmente receber um milhão de visitantes por ano. Se permitirmos mais pessoas em alguns locais, estaremos a perder o que os torna especiais — pérolas únicas da natureza que fazem parte da nossa imagem e do que estamos a vender”, realçou Thordis Gylfadottir.
Em 2011, ano em que a série estreou na HBO, a Islândia recebia apenas 490 mil visitantes estrangeiros, muito abaixo dos 2,3 milhões esperados até ao final do corrente ano, mostrando o impacto significativo da série na vida dos islandeses.
Em contrapartida, não pode também ser ignorado o peso que o turismo tem na economia do país, sendo, a par das exportações de peixe e da indústria de alumínio, uma das atividades que mais contribui para o desenvolvimento económico da Islândia. Cabe agora ao governo islandês encontrar o equilíbrio perfeito.
Da nossa parte, resta-nos desejar que a Islândia consiga manter a sua beleza natural imaculada e acessível a todos nós. Descubra porquê na nossa galeria.
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