Quando isto acontece temos três opções: manter as memórias e seguir em frente, protestar ou não fazer nada. Pois bem, um avô do Taiwan agarrou num pincel e transformou a vila, onde viveu ao longe de 40 anos, numa obra de arte. Agora, é uma atração turística.
A pequena vila de Nantun, no Taiwan, abrigava 11 habitantes, entre eles Huang Yung-fu, de 86 anos, quando ia ser demolida.
“Quando cheguei aqui, a vila tinha 1.200 famílias e todos os dias sentávamos e conversávamos como uma grande família”, lembrou Huang. Porém, as coisas mudaram quando o governo de Taiwan decidiu demolir a vila e construir um complexo de apartamentos, oferecendo aos residentes uma compensação para se mudarem.
“Todos se mudaram ou morreram e eu fiquei aqui sozinho”, explicou o idoso. Huang recusou-se a deixar a casa e foi quando começou a pintar. Primeiro, um pássaro na parede de casa. Daí, continuou adicionando animais, pássaros, flores e pessoas, até que passou a adornar os prédios vizinhos. Só parou quando a vila ficou completamente pintada.
Depois de ouvir a história de Huang, estudantes universitários prometeram ajudá-lo com uma campanha de angariação de fundos e uma petição para salvar a vila.
A arte criativa brilhante e colorida atraiu o interesse e visitantes. Com a popularidade do local, o governo de Taiwan decidiu revogar a ordem de demolição e, em vez disso, manter a vila como atração turística e ascender a património cultural. O melhor de tudo é que Huang manteve a sua casa, agora numa nova morada. Sejam bem vindos à Vila Arco-Íris.
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