Às vezes, muitas vezes, as viagens não são apenas um novo lugar e a descoberta de coisas novas a cada instante. Encontrarmo-nos em casa – sentirmo-nos assim, em viagem – é talvez das melhores experiências que podemos ter.
Foi assim em Chiang Rai: a Anne e o Vy foram uma espécie de família de acolhimento, com eles tivemos uma casa calorosa, lambidelas do Pompuee e da Browny, com chinelos desaparecidos pelo meio. Tivemos um jantar de aniversário e chorámos na despedida.
Chiang Rai fica no norte da Tailândia, ainda mais a norte do que Chiang Mai, onde estávamos. Tão a norte que faz fronteira com Myanmar e com o Laos, mas deste triângulo de terra falaremos no próximo post.
Para visitar o centro da cidade aproveitámos o comboio turístico que nos levou aos vários sightseeings de passagem obrigatória. O ponto de partida é junto ao monumento em homenagem ao Rei Meng Rai. Estávamos em altura de festividades e, por isso, as pessoas, os incensos, as flores e os sawadee kaa(s) estavam presentes por toda a Tailândia. A Mia dançava e cantava entre as várias estátuas de animais que rodeiam a figura do rei. E quem passava juntava-se a nós, como espectadores do show das 14h.
Subimos para o comboio, e há uma série de templos que se seguem: Wat Pra Singh, Wat Phra Keaw, Wat Doi Ngam Mueang, Wat Phra That Doi Jom Thong, Wat Ming Mueang, alguns com mais de 400 anos de existência e todos com entrada gratuita.
Pelo caminho a Mia adormeceu e foi com ela nos meus braços – e envolta no sling que a protegia do ar fresco do norte – que visitei alguns destes templos. Mas fiz questão de que Buda nos visse, aos três. Depois, ela acordou e percorremos os templos a três pares de pés descalços, entre ofertas de flores, brincadeiras, silêncios e sawadee kaas.
Terminámos a visita na Bappra Prakran road e lá está a torre do relógio dourada, desenhada pelo mais famoso artista tailândes – Ajarn Chaloemchai Kositpipat.
Apanhámos um fim-de-semana e, por isso, não deixámos que nos escapasse a saturday night walking street – um mercado gigante que atravessa quatro quarteirões de roupas, sapatos, artesanato... Mas o que mais nos cativou foi a comida de rua. Dos insectos grelhados e estaladiços ao sushi, dos doces tradicionais aos donuts. Mesas que se espalham por um descampado virado para o palco, músicas tradicionais e danças que tentamos, a três, copiar. Sorrisos que se repetem.
Gostámos de Chiang Rai, estando aqui não percam o mágico Templo Branco. Daqui seguimos para Chiang Saen, que há um famoso triângulo (dourado), desenhado na terra, que queremos mostrar à Mia.
Este artigo foi originalmente publicado em Menina Mundo.
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