Do Taj Mahal na Índia à varanda de Julieta em Verona, Itália. Reunimos seis monumentos que ajudaram a imortalizar algumas das histórias de amor mais conhecidas do mundo e que são visitáveis. Não só contam algumas das lendas mais populares do mundo como também contam com outras atrações. Descubram a seguir.

6 monumentos históricos que escondem histórias de amor

A varanda de Julieta, imprescindível em Verona

A famosa tragédia de Shakespeare, Romeu e Julieta, é um dos amores proibidos mais famosos da literatura universal e acontece na bela Verona, onde ocorrem os conflitos entre os Montéquio e os Capuleto.

Nesta cidade italiana, é possível encontrar uma casa nobre do século XII que pertenceu à família dal Capello. Por causa da semelhança, podia ter sido o lar de Julieta. Já a famosa varanda do suicídio de Romeu só foi construída mais recentemente, não antes do século XX. Para conhecerem a história da construção, podem reservar uma free tour por Verona.

A varanda de Julieta, imprescindível em Verona
A varanda de Julieta, imprescindível em Verona Verona créditos: DR

Taj Mahal, uma história de amor palaciana

Sabiam que o Taj Mahal, uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno e Património da Humanidade, foi um presente?

É verdade. Este monumento indiano, construído no século XVII, foi um presente do imperador mongol Xá Jeã para a sua esposa Mumtaz Mahal que havia partido. E, de facto, é ela que dá o nome ao edifício.

O Taj Mahal é um verdadeiro símbolo do amor entre Xá Jeã e Mumtaz Mahal. A obra terá nascido para homenagear Mahal que terá falecido durante o parto do 14º filho. Mumtaz Mahal era a esposa favorita de Xá Jeã que terá ficado desolado com a sua morte.

Taj Mahal
Taj Mahal Taj Mahal créditos: DR

Acredita-se que na construção do Taj Mahal terão trabalhado mais de 20.000 homens e terão sido utilizados milhares de elefantes para transportar os caros materiais que chegavam a Agra de diferentes partes do mundo. Desde o mármore branco que vinha do Rajastão, passando pelo jade e o quartzo da China ou o lápis lazuli do Afeganistão.

A construção terá quase levado o imperador à ruína, o que fez com que fosse derrocado por um dos filhos. Reza a lenda que Xá Jeã foi aprisionado no Forte Vermelho, de onde seguiu contemplando o Taj Mahal até aos seus últimos dias.

O palácio de Mirabell e a história de amor mais famosa da Áustria

Situado junto ao rio Salzach e rodeado de belos jardins, o palácio de Mirabell é um dos monumentos mais importantes de Salzburgo. O edifício foi construído em 1606 por ordem do príncipe-arcebispo Wolf Dietrich para servir de residência da sua amante Salomé Alt, com quem teve 15 filhos.

Além de guardar esta história de amor proibido, o palácio de Mirabell também ficou conhecido por ter sido um dos cenários principais do filme Música no Coração. Recorda-se de Julie Andrews a cantar nestes jardins?

O palácio de Mirabell e a história de amor mais famosa da Áustria
O palácio de Mirabell e a história de amor mais famosa da Áustria Mirabell créditos: DR

O templo de Nefertari e a paixão nos tempos dos faraós

Nefertari foi uma das poucas esposas de faraós a conseguir ter um templo à altura dos grandes governadores do Antigo Egito, pois, até a essa altura, esse tipo de construção era dedicada apenas aos homens. Situado no surpreendente complexo de Abu Simbel, ao sul de Assuã, esta enorme construção escavada na pedra fica junto ao grande templo do marido, Ramsés II.

Para além de ser um dos lugares mais bonitos para se ver o pôr-do-sol no Egito, é fruto de uma das histórias de amor mais famosas dos tempos dos faraós. De facto, a cumplicidade entre ambos era tanta que Nefertari chegou a receber o título de Senhora de Duas Terras, assumindo a regência quando o marido estava na guerra.

Nefertari
Nefertari Nefertari créditos: DR

O templo de Nefertari está dedicado a esta mulher, que conquistou o coração de Ramsés II, e à deusa do amor e da sexualidade, Hathor. Foi a primeira vez na história que uma figura feminina foi representada num monumento com esculturas quase do mesmo tamanho que as do rei do Egito.

Uma curiosidade: sabiam que os templos de Abu Simbel permaneceram ocultos sob a areia durante séculos e não foram encontrados até ao início do século XIX?

+ Descubram também o Templo Mortuário de Hatshepsut que homenageia uma das primeiras líderes femininas do mundo

Sweetheart Abbey e um coração viajante

A Escócia abriga outros destes monumentos sustentados pelos pilares do amor. Para conhecer a história escocesa, temos que viajar até ao século XIII, quando a mãe do Rei João da Escócia perde o marido.

Lady Dervorgilla, atormentada pela morte de João Balliol, ordena embalsamar o seu coração para o poder levar consigo nas suas viagens num cofre de mármore. Numa das suas viagens, Lady Dervorgilla manda construir a abadia de Sweetheart Abbey onde, como último desejo, decide ser enterrada junto ao coração do seu amado. Uma história triste e repleta de melancolia, mas, ao mesmo tempo, movida pela união de duas almas gémeas.

Sweetheart Abbey e um coração viajante
Sweetheart Abbey e um coração viajante Sweetheart Abbey créditos: DR

As cruzes de Leonor e a tristeza de um rei

Leonor de Castela, filha de Fernando III, o Santo, foi rainha consorte da Inglaterra por causa do casamento com Eduardo I. Quando Leonor morreu, em 1290, a procissão fúnebre transportou o seu corpo de Harby até Londres para que ela fosse enterrada na abadia de Westminster. O monarca, triste devido à perda, mandou construir uma cruz comemorativa em cada um dos lugares onde a procissão real parou para descansar. Estas são as chamadas cruzes de Leonor. Embora originalmente fossem 12, hoje em dia apenas restam três: Geddington, Hardingstone e Waltham.

As cruzes de Leonor e a tristeza de um rei
As cruzes de Leonor e a tristeza de um rei Londres créditos: DR

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