O presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, avançou hoje que, de 28 de fevereiro a 04 de março, será levada a Lisboa “uma agenda com 80 micro eventos”, na qual “a tradição popular e as marcas do concelho estarão bem presentes”.

“Vamos iniciar aqui um novo ciclo na programação do património imaterial de Viseu, nomeadamente do folclore e da etnografia”, frisou o autarca, acrescentando que o município quer “dar um forte contributo para que o folclore entre na moda, para que haja uma reconciliação do país com as suas tradições”.

O vereador da Cultura, Jorge Sobrado, disse que, nas duas anteriores presenças de Viseu na BTL com ‘stand’ próprio, “a dimensão patrimonial, monumental e física” e a agenda de eventos foram muito valorizadas.

“Essas dimensões continuam presentes, mas juntamos este ano uma terceira, a dimensão da cultura imaterial e os valores rurais”, frisou.

Segundo Jorge Sobrado, o folclore será o “principal emblema” de Viseu, “não apenas na sua expressão musical, da manifestação em palcos dos ranchos folclóricos ou dos grupos de cantares, mas em toda a sua extensão”.

“O folclore não designa apenas uma manifestação artística e musical, designa também um conjunto de práticas ancestrais, tradicionais, populares”, explicou, dando como exemplo o linho da Várzea de Calde (que tem um dia a si dedicado), as flores dos namorados de Fragosela, as Cavalhadas e a broa de Vildemoinhos, as rendas de bilros de Farminhão, os vinhos do Dão, o queijo de Povolide, as avelãs e a doçaria regional.

O vereador avançou que atuarão na BTL “grupos que já fizeram a evolução no sentido da contemporaneidade do folclore”, como os Musicando, as Girafoles, os Tranglomango e Carlos Penhinha e também os ranchos do Mundão e de Verde Gaio de Lordosa, o Grupo de Cantares de Várzea de Calde e o Grupo de Cavaquinhos de Passos de Silgueiros.

O ‘stand’ de Viseu terá uma extensão numa área comum da feira: um palco por onde passarão não apenas os grupos de folclore convidados por Viseu, como também outros de várias regiões do país.

Os grupos presentes na BTL de “todas as regiões, do Norte ao Algarve, do Alto Minho, do Douro, de Trás-os-Montes, do Ribatejo, da Madeira e dos Açores são desafiados a celebrar o folclore com Viseu”, realçou Jorge Sobrado, acrescentando que este será um espaço de divulgação do festival Europeade, que se realizará de 25 a 29 de julho, em Viseu.

Segundo Almeida Henriques, em Lisboa “serão apresentadas as vertentes turística, cultural, a gastronomia, o vinho do Dão e também a agenda de eventos da cidade durante o ano 2018, com destaque para o festival Europeade e para a Feira de S. Mateus”.

A inovação e as tecnologias interativas estarão também em destaque, como, por exemplo, uma que permitirá aos visitantes experimentarem virtualmente trajes típicos de folclore da região.

No cimo do ‘stand’ de Viseu estarão suspensos 240 lenços tradicionais da região da Beira Alta que, segundo Jorge Sobrado, são um tributo não só à cultura do folclore, mas também à mulher, enquanto “figura central da cultura do folclore, guardiã do cancioneiro e praticante das artes oficinais, como no caso do linho da Várzea de Calde”.

Lusa

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