De acordo o mais recente relatório Recovery Insights: Ready for Take-off? da Mastercard, 1 em cada 5 países regressou pelo menos 90% dos níveis pré-pandemia para reservas de voos domésticos.  

"Apesar de observarmos uma recuperação impressionante nas viagens aéreas domésticas em vários mercados, este movimento não acontecerá de um dia para o outro. A pandemia reduziu os níveis de gastos nesta indústria para valores que não se viam há mais de 15 anos", sublinha Bricklin Dwyer, economista-chefe da Mastercard e diretora do Mastercard Economics Institute.

Roadtrips vieram para ficar, com despesas de combustíveis a subirem 13% face ao pico de 2019. Perspetiva-se, de acordo com o estudo, que as escapadelas de carro - a grande tendência de 2020 –, se mantenham este ano. O relatório mostra uma forte procura dos viajantes por destinos locais menos conhecidos, como Devon e Cornualha, no Reino Unido. Nos Estados Unidos, também se observa um maior interesse das pessoas viajarem no país de carro, 25% através do recurso a alugueres de automóveis.

Viagens aéreas internacionais mantêm-se em baixa, com algumas excepções. De acordo com a análise, os voos domésticos num quinto dos países estudados já regressou a pelo menos 90% dos níveis pré-pandemia. Países como os Estados Unidos, Austrália e França têm vindo mesmo a exceder os números das reservas de voos domésticos na pré-pandemia, enquanto outros como o Canadá, a Tailândia e a Nova Zelândia mantém-se ao mesmo nível do período pré-pandemia.

Poupanças impulsionam vendas em várias categorias. Por exemplo, as vendas em salões de beleza e lojas de artigos de viagem subiram em comparação com o período pré-pandemia. Os gastos em alugueres de barcos (+30%) e lojas de bicicletas (+62%) também cresceram, à medida que a procura reprimida se repercutiu numa maior poupança, devido a estímulos fiscais e poupanças conseguidas em resultado das restrições à mobilidade. As reaberturas limitadas das fronteiras revelaram-se um desafio tanto para os viajantes como para a indústria. Mas os corredores abertos selecionados estão a alcançar e, em alguns casos, a exceder os níveis pré-pandemia.

"O último ano veio demonstrar a importância das viagens — não só por proporcionar-nos uma realização pessoal como também uma ligação com os amigos, a família, as nossas comunidades empresariais e um mundo mais vasto", afirma Raj Seshadri, Presidente de Dados e Serviços da Mastercard. "As implicações económicas do turismo são vastas, não existindo praticamente nenhuma indústria que permaneça intocada quando os viajantes ficam em casa", acrescenta.

O relatório foi desenvolvido pelo Mastercard Economics Institute e realizado em 32 países, com o intuito de oferecer uma visão abrangente sobre as principais tendências de viagem aéreas e terrestres, em todo o mundo, e baseia-se na análise da evolução da atividade de vendas agregadas e anónimas em toda a rede global Mastercard.