"Em 2016, já ultrapassámos os 50 mil visitantes e devemos chegar aos 60 mil até ao final de dezembro. No ano passado não chegámos aos 50 mil, o que quer dizer que temos vindo sempre a subir", revelou.
Em declarações à agência Lusa, o diretor do Museu de Lamego, que gere o projeto Vale do Varosa, explicou que esta rede de seis monumentos está totalmente aberta desde junho e deverá continuar a crescer.
"Para o ano contamos ter muito mais visitas. A nossa ambição é grande, sendo dados passos sustentados, pois queremos que estes monumentos continuem abertos daqui a 10 anos, com qualidade, guias e formação", acrescentou.
Para o responsável, este crescimento deverá vir a ser impulsionado pelo reconhecimento que o projeto alcançou além-fronteiras, depois da atribuição do Prémio Internacional AR&PA 2016, no âmbito da X Bienal de Restauro e Gestão do Património, que terminou no domingo em Valladolid, em Espanha.
"Este prémio internacional traz-nos algo valiosíssimo: divulgação, prestígio e imagem de confiança. O projeto já tinha uma excelente imagem em Portugal, com nove distinções, mas este prémio redobra a imagem de confiança e, daqui para frente, teremos mais adesão dos operadores turísticos e mecenas", considerou.
De acordo com Luís Sebastian, o projeto Vale do Varosa disputou este prémio contra "dezenas de outras candidaturas de grande qualidade", tendo sido destacado pelo júri como mais-valia a sua preocupação social.
"O júri achou que o projeto Vale de Varosa era merecedor do prémio devido à sua preocupação social, sustentabilidade, preocupação ambiental e impacto na região. Com este projeto tentamos utilizar a nossa herança patrimonial, que tantas vezes é vista como um peso, como potencial para desenvolver economicamente a região e criar emprego", destacou.
O projeto do Vale do Varosa abrange os concelhos de Lamego e Tarouca, no Alto Douro, e é desenvolvido sob a égide da Direção Regional de Cultura do Norte, sob gestão direta do Museu de Lamego.
Teve início em 2009 e trata-se de uma rede de monumentos abertos de forma integrada, tendo tido como núcleo principal, numa primeira fase, os mosteiros cistercienses de São João de Tarouca e de Santa Maria de Salzedas e o Convento franciscano de Santo António de Ferreirim.
Posteriormente, aumentou o número de monumentos com a inclusão da Torre Fortificada de Ucanha, no concelho de Tarouca, e da Capela de São Pedro de Balsemão, em Lamego.
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