O governo paquistanês proibiu as celebrações do Ano Novo em espaços públicos em solidariedade aos palestinianos na Faixa de Gaza, palco de uma guerra devastadora entre o Exército israelista e o Hamas desde 7 de outubro.
O primeiro-ministro do Paquistão, Anwaar-ul-Haq Kakarm, anunciou na noite de quinta-feira (28) "a proibição total de qualquer ato público para celebrar o Ano Novo" e pediu que a data seja celebrada "de forma simples", devido à situação em Gaza.
A véspera de Ano Novo costuma ser uma ocasião especialmente animada no Paquistão, com habituais fogos de artifício e disparos para o alto.
"Toda a nação paquistanesa e comunidade muçulmana estão profundamente tristes pelo genocídio dos palestinianos oprimidos e, em particular, pelo massacre de crianças inocentes em Gaza e na Cisjordânia", afirmou Kahar.
Com esta decisão, o Paquistão junta-se à cidade de Sharkhah (nos Emirados Árabes Unidos), que já havia anunciado a proibição dos tradicionais fogos de artifício em solidariedade com os habitantes de Gaza.
O intenso bombardeio aéreo e a invasão terrestre israelitas deixaram pelo menos 21.320 mortos, a maioria mulheres e crianças, no território palestiniano, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. Israel prometeu destruir o grupo islamista palestiniano Hamas na sequência do ataque de 7 de outubro, que deixou cerca de 1.140 mortos, a maioria civis, conforme um balanço da AFP baseado em números israelitas.
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