"A reserva foi cancelada, mas isto não afeta o concerto" de 5 de dezembro, disse um responsável pela logística que levará o ex-Pink Floyd à capital colombiana.
A rede de hotéis americana Four Seasons, onde Waters ficaria hospedado, limitou-se a dizer à AFP que "não tinha detalhes" sobre esta informação.
Waters está na América do Sul para percorrer diversos países com sua tour de despedida "This is Not a Drill", que coincidiu com a guerra entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza.
O músico é abertamente crítico ao governo israelita e afirma que Israel está a cometer "limpeza étnica" contra os palestinianos há 75 anos.
Os comentários foram considerados como antissemitas por comunidades judaicas. Hotéis de Buenos Aires e Montevidéu, onde Waters apresenta-se esta sexta-feira e na próxima semana, recusaram-se a recebê-lo.
O músico falou da existência de um suposto "lobby israelita" para impedir a sua estadia nestas cidades, em entrevista ao jornal argentino Página 12.
"Organizaram este boicote extraordinário baseado em mentiras maliciosas que têm estado a contar sobre mim", disse o artista de 80 anos.
Na Argentina, Waters foi denunciado por um cidadão particular por "incitação ao ódio racial e apologia ao crime".
O embaixador de Israel em Bogotá, Gali Dagan, replicou mensagens na rede social X (antigo Twitter) tachando Waters de "antissemita".
Dias atrás, numa conversa com o jornalista americano Glenn Greenwald, o músico britânico acusou Israel de exagerar a magnitude do ataque do Hamas no sul do país no dia 7 de outubro.
Essa ofensiva, que deixou pelo menos 1.200 mortos, sobretudo civis, e 240 reféns sequestrados segundo as autoridades israelitas, desencadeou uma campanha de bombardeios sem precedentes contra a Faixa de Gaza, governada pelo Hamas desde 2007. Mais de 11.500 palestinianos morreram nessa represália, de acordo com o Ministério da Saúde do Hamas.
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