O regresso foi registado em junho de 2020 por uma câmara de vigilância do Sítio Burle Marx, unidade do Património Histórico e Artístico Nacional em Barra de Guaratiba, zona oeste da capital fluminense.
A partir destas imagens, um grupo de biólogos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) começou a seguir o rastro do felino, cujo reaparecimento foi tema de um artigo recente na revista científica Check List.
Com pegadas, arranhões nas árvores e outras pistas, os biólogos comprovaram a presença do animal em outros parques próximos.
Trata-se do "reaparecimento definitivo da espécie, não só um indivíduo vagando pela região", disse ao jornal O Estado de S. Paulo o biólogo Jorge Pontes, um dos autores do trabalho.
"Conseguimos comprovar que o puma está realmente no município, não são ocorrências isoladas", assegurou Pontes.
Até agora, o mamífero com pelo castanho claro tinha sido declarado oficialmente extinto na Lista Municipal de Espécies Ameaçadas da Flora e da Fauna do Rio de Janeiro, afirmam os cientistas no artigo.
Embora não seja considerada espécie ameaçada a nível mundial, é uma espécie "vulnerável" no Brasil e no estado do Rio de Janeiro, "principalmente devido à perda de hábitat e à caça ilegal", diz o texto no Check List.
É incerto quantos exemplares do felino habitam o Rio, mas a presença é registada tanto no norte quanto no sul do continente.
O puma, também conhecido com onça-parda ou suçuarana pode chegar a 2,30 metros de comprimento e a pesar 70 kg.
Além da Mata Atlântica, ocorre em diferentes biomas do território brasileiro, como Amazônia, Cerrado e Pantanal.
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