"Este centro de interpretação é um passo certo na modernização e um passo para a preservação e estímulo da cultura em Portugal", disse a ministra da Presidência e Modernização Administrativa, Maria Manuel Leitão Marques, na inauguração oficial do espaço.
Salientando o caráter multimédia do espaço, a governante disse que o museu "inova na forma de contar histórias e a história e de valorizar o património cultural, estimulando os sentidos e a imaginação para um fácil entendimento".
O novo equipamento "permite ao visitante começar pelas ruínas de Conímbriga e depois fazer o vislumbre do império, através de modernos e inovadores sistemas de multimédia", disse à agência Lusa o presidente do município, Nuno Moita.
Através de salas multimédia e de exposições, os visitantes podem recuar até ao tempo do império romano e da ocupação da Península Ibérica e efetuar o percurso até à contemporaneidade, ao mesmo tempo que percecionam o seu modo de vida, desde a religiosidade até à intimidade.
Segundo o autarca Nuno Moita, o Museu POROS pretende "afirmar e reforçar o eixo da romanização nas terras de Sicó [que envolve seis municípios dos distritos de Coimbra e Leiria] e aumentar o potencial turístico dentro de Condeixa, porque tem condições para ser uma referência na região" Centro.
Dotado do “último grito” de tecnologia multimédia, que o coloca no topo nacional dos museus mais interativos, o espaço "estimula os sentidos e alia conhecimento e entretenimento, contribuindo para a salvaguarda e divulgação da memória histórica da romanização".
O presidente do município estima que, no primeiro ano, o museu consiga atrair 40 mil visitantes, o que irá desencadear uma "revolução na economia local, com um impacto fortíssimo no comércio".
Situadas a cerca de 1,5 quilómetros da vila de Condeixa-a-Nova, as ruínas romanas de Conímbriga, abertas ao público desde 1930, recebem anualmente cerca de 90 mil visitantes, cuja maioria acaba por não passar pela sede de concelho.
Classificada como monumento nacional, é uma das maiores povoações romanas de que há vestígios em Portugal, é a mais estudada no país e está a 16 quilómetros de Coimbra, capital de distrito, embora apenas um sexto da sua dimensão esteja a descoberto.
"O museu vai ser uma valência complementar às ruínas de Conímbriga e é uma forma de valorização do património arqueológico que tem estado esquecido pelos sucessivos Governos, embora o atual esteja a dar os primeiros passos para que haja obras até 2020", disse Nuno Moita, acrescentando que deseja o alargamento e valorização da área visitável e a remodelação do Museu Monográfico.
Instalado numa antiga casa senhorial recuperada pelo município, que interage com o Parque Verde Municipal, o museu multimédia POROS teve início em 2011 e custou cerca de 3,5 milhões de euros, financiados em 85% pelo Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).
Possui uma área de 1.200 metros quadrados de exposição, com 11 salas multimédia, um túnel do tempo e 33 aplicações interativas e auditório, além de um pátio com espelho de água.
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