Em comunicado, a Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN) refere que os trabalhos contemplarão a cobertura, drenagem periférica e reforço estrutural da igreja, como forma de contenção da degradação do espaço interior e do espólio artístico do seu recheio, da autoria de Frei Vilaça.

A intervenção vai incidir na igreja, capela-mor e capela do Santíssimo Sacramento, antessacristia e sacristia e no alpendre do adro.

O investimento é de 504 mil euros, acrescidos de IVA, com um prazo de execução de 270 dias.

“Pretende-se com este projeto dotar os espaços do Mosteiro de Rendufe de condições adequadas à sua fruição por parte do público, sem perder de vista o seu potencial em termos arquitetónicos, históricos e culturais”, sublinha o comunicado.

O Mosteiro de Rendufe está classificado como Imóvel de interesse Público.

Parte significativa das dependências conventuais foi adquirida pelo Estado, em 2012, por 900 mil euros.

Com origem anterior a 1090, o mosteiro foi uma das principais casas beneditinas entre os séculos XII e XIV.

“Da obra medieva nada resta, devido a reformas posteriores”, refere a DRCN.

A atual igreja data de 1716-1719 e recebeu “valiosa” talha barroca, tendo sido edificados o claustro e a biblioteca.

Em 1834, a igreja passou a paroquial e arruinaram-se as dependências monacais.

O mosteiro foi reedificado em 1551.

A obra que agora vai começar ação decorre ao abrigo de uma candidatura aprovada pelo Programa Norte 2020, no âmbito da Operação Mosteiros a Norte.

Os Mosteiros a Norte - Arouca, Grijó, Rendufe, Tibães, Pombeiro e Vilar de Frades - constituem um legado da arquitetura religiosa monástica a norte de Portugal.

Estão classificados como monumentos nacionais ou imóveis de interesse público,

Por isso, sublinha a DRCN, impõe-se a sua preservação, valorização e divulgação.

“Simultaneamente, assumem, pela sua dimensão e valor patrimonial, uma forte presença no território, e constituem pólos dinamizadores de atratividade na paisagem rural e urbana onde se inserem, pela proximidade com os respetivos centros urbanos de Arouca, Vila Nova de Gaia, Amares, Braga, Felgueiras e Barcelos”, acrescenta.

A rede Mosteiros a Norte pretende dar continuidade às intervenções de consolidação do edificado, melhorando e criando espaços de receção/acolhimento, articulando com o reforço de iniciativas culturais e artísticas e de divulgação dos espaços monásticos como pólos de atração no território e consequente aumento do número de visitantes e criação de novos públicos.