“Os sítios arqueológicos receberão zero visitas” de 31 de janeiro a 14 de fevereiro, afirma um decreto publicado no Diário Oficial sobre as restrições que vão reger 17 regiões do país.
O confinamento, que atingirá um terço do país, será obrigatório e imobilizará 16,4 milhões de habitantes, metade da população do país.
Como resultado da proibição, a cidadela inca, localizada na região de Cusco, no sudeste do Peru, será fechada pela segunda vez desde o início da pandemia em março.
O objetivo é evitar aglomerações, considerada uma das principais fontes de contágio, segundo as autoridades sanitárias peruanas.
“O impacto económico que vamos ter em todo o distrito é forte, as medidas são muito restritivas”, disse à AFP o prefeito de Machu Picchu, Darwin Baca.
Machu Picchu havia reaberto em novembro, como forma de gerar rendimentos em meio à recessão, aproveitando a redução das infeções no Peru.
O autarca de Machu Picchu, município próximo à cidadela, garantiu que cerca de 6.000 moradores - que vivem diretamente do turismo - serão os mais afetados economicamente pela medida ordenada pelo governo. Além disso, descartou que haja mortes por COVID-19 na comunidade.
O governo peruano declarou a região de Cusco em "altíssimo nível" de contágio e estendeu o toque de recolher e a proibição de reuniões sociais, entre outras medidas restritivas.
Cusco relatou a morte de 18 pessoas por COVID-19 em 24 horas, com balanço de 550 mortes em 10 meses de pandemia. As infeções ultrapassam 26 mil casos, segundo o Ministério da Saúde.
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