O projeto será desenvolvido no âmbito da recente classificação da Covilhã como Cidade Criativa da UNESCO na área do 'design' e avançará por fases, explicou a vereadora da Cultura na Câmara da Covilhã, Regina Gouveia.

A vereadora especificou que não serão arrancados passeios para levar a cabo o projeto, apostando-se, isso sim, na aplicação de debuxo “quando for necessário ou estiver prevista alguma reabilitação de passeios ou novos arruamentos”.

“Qualquer reabilitação será uma oportunidade de avançar com um projeto”, disse. Segundo acrescentou, a reprodução será semelhante ao que é feito na calcada portuguesa, também será em branco e preto, mas com motivos criados pelos desenhadores têxteis locais.

A primeira zona que será abrangida pelo projeto é a Alameda Europa, onde está a ser realizada uma intervenção, sendo que cada debuxo [desenho] será devidamente identificado, bem como o autor.

A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) anunciou, no dia 08 de novembro, que a Covilhã e Santa Maria da Feira estão entre as 49 novas entradas na Rede das Cidades Criativas da UNESCO.

O plano apresentado pela Covilhã tem como compromisso colocar a cultura e a criatividade no centro do desenvolvimento urbano sustentável, compartilhando conhecimento e boas práticas a nível internacional.

Criada em 2004, a Rede das Cidades Criativas (Creative Cities Network, UCCN na sigla em inglês) engloba atualmente 295 cidades em 90 países que estão a investir na cultura e na criatividade - nas áreas de artesanato e arte popular, 'design', cinema, gastronomia, literatura, artes de 'media' e música - para ter impacto no desenvolvimento urbano sustentado.

"É preciso desenvolver um novo modelo urbano em cada cidade, em conjunto com os seus arquitetos, urbanistas, arquitetos paisagistas e cidadãos", sublinhou a diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, ao anunciar a integração das novas cidades.

Em Portugal, a Rede de Cidades Criativas inclui já Amarante, Idanha-a-Nova, Leiria (música), Óbidos (literatura), Barcelos, Caldas da Rainha (artesanato e artes populares) e Braga (artes digitais).