A empresa que venceu o concurso para o Mosteiro do Lorvão, no concelho de Penacova, prevê que as obras para transformação daquele monumento num hotel possam avançar em 2025, afirmou hoje à agência Lusa o concessionário.

“Temos o projeto de arquitetura aprovado, com condicionantes por parte da Direção Regional da Cultura [agora unidade de cultura da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro] e iniciámos as especialidades”, disse à agência Lusa o responsável da Soft Time, empresa que venceu, em 2021, o concurso para a concessão daquele monumento nacional com vista a transformá-lo numa unidade hoteleira.

Em 2021, aquando do anúncio da concessão pelo Governo, perspetivava-se que o início da exploração começasse em 2024, mas o projeto sofreu algum atraso, nomeadamente na atribuição do parecer favorável pela na altura Direção Regional da Cultura.

Segundo Sérgio Aleixo, a perspetiva, de momento, é entregar as especialidades entre o final de 2024 e o início de 2025 e começar no próximo ano as obras.

“Depois da entrega das especialidades, teremos de consultar construtores e avançar, dentro da disponibilidade dos mesmos. O nosso objetivo é começar as obras em 2025, se possível já no primeiro semestre”, afirmou à Lusa Sérgio Aleixo.

Segundo o responsável da Soft Time, empresa que também venceu recentemente o concurso de concessão do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, no concelho vizinho de Coimbra, o hotel no Mosteiro do Lorvão terá 93 quartos.

Além da reabilitação do imóvel, o concessionário paga uma renda anual de 37.320 euros ao Estado, durante todo o período de concessão (50 anos).

O conjunto arquitetónico, que albergou durante meio século o Hospital Psiquiátrico de Lorvão, é um dos imóveis inscritos no Revive, um programa conjunto dos ministérios da Economia, Finanças e Cultura, que envolve também as autarquias locais, com coordenação do Turismo de Portugal.

O programa prevê a requalificação de património para fins turísticos.

O Mosteiro do Lorvão remonta à data da primeira reconquista cristã de Coimbra, no século IX, tendo sofrido remodelações no século XVI, estando classificado como monumento nacional desde 1910.