Já no próximo mês será aberto ao público, na sua plenitude, com tratamentos termais muito à base do chamado ‘spa’”, afirmou, em declarações à agência Lusa, o presidente do município, Alexandre Gaudêncio, apontando 08 de dezembro como a data da reabertura do espaço, que coloca de novo o concelho no mapa do turismo termal.

As termas da Ribeira Grande, também conhecidos por banhos da Coroa, começaram a ser utilizadas no século XVII para cura de doenças, registando-se uma crescente procura no século seguinte em virtude das propriedades curativas das águas vulcânicas.

Após anos de encerramento, o atual executivo municipal avançou com obras de recuperação do imóvel, datado de 1811, antes de lançar um concurso público para concessão da infraestrutura, tendo como preço-base 250 euros mensais, o que ocorreu em fevereiro último.

Alexandre Gaudêncio adiantou que a concessionária das termas é uma empresária natural da ilha Terceira, mas residente e com atividade comercial na ilha São Miguel.

A empresária está a pagar à câmara, proprietária do imóvel, uma renda mensal de 300 euros.

Segundo o autarca, a concessão das termas das Caldeiras da Ribeira Grande tem um prazo de cinco anos, com mais dois de opção.

“O espaço será alvo de melhoramentos a nível de equipamentos, sem desfigurar a arquitetura, a cargo da concessionária”, referiu Alexandre Gaudêncio, destacando que a zona envolvente está a ser reabilitada e é “cada vez mais procurada”.

Desde agosto de 2014 que a Câmara Municipal da Ribeira Grande, em parceria com a empresa EDA Renováveis, disponibiliza gratuitamente, na zona das Caldeiras, covas no solo para a confeção dos tradicionais cozidos e, mais recentemente, reabilitou uma casa que servirá para instalar o futuro centro interpretativo do fenómeno da geotermia, projeto que “deverá estar concluído em 2017”.

Apesar da nova dinâmica e do maior fluxo de pessoas às Caldeiras da Ribeira Grande, Alexandre Gaudêncio (PSD) lamentou que o Governo Regional (PS) ainda não tenha avançado com as obras de reabilitação da única estrada que dá acesso ao local.

“Trata-se de uma intervenção que terá de ser feita pelo Governo Regional, pois é uma estrada regional. Em tempos, a empreitada já esteve inserida no caderno de obras públicas do executivo, mas o que é facto é que até ao momento não houve qualquer intervenção de fundo naquele pavimento”, declarou o autarca.