À margem da cerimónia de adesão ao consórcio Coopans, que prevê a aquisição de um novo sistema de gestão do espaço aéreo, o presidente da NAV, Jorge Ponce Leão, precisou que o aumento de movimentos em Lisboa é possível através de novos mecanismos de aproximação a Lisboa, acordos com a Força Aérea e respostas da ANA, a gestora dos aeroportos.
Ponce Leão sublinhou que o novo sistema é “um passo importantíssimo em termos estruturais”, mas “a curto prazo é ainda mais importante o redesenho do espaço aéreo de Lisboa e a oportunidade de celebrar um acordo com a Força Aérea, introduzindo restrições mais flexíveis” para garantir um aumento de movimentos “ainda antes do aeroporto do Montijo estar disponível e dos novos sistemas [de gestão do espaço aéreo] Topsky estar operacional”.
Questionado sobre prazos para um acordo com os militares, o dirigente da entidade gestora do espaço aéreo respondeu esperar “para tão breve quanto possível” e que a NAV “está a trabalhar muito bem com a Força Aérea”.
“Iremos procurar acelerar esse processo até porque há um conjunto de rotas estratégicas para o país, que gostaríamos de criar condições para que pudessem operar, através de uma disciplina integrada da gestão do espaço aéreo para as bases militares do Montijo, Sintra, e inclusivamente com o aeródromo de Cascais, em conjunto com a Portela”, explicou.
A área mais difícil nesta estratégia é o “corredor a nascente da área de restrição de Monte Real”, pelo que ficam sem efeito os 72 movimentos por hora já testados, com o atual sistema e “com controladores e pilotos em simulação em tempo real”.
“Esse corredor não podendo ser utilizado, num curto prazo, apenas significa seis movimentos. A limitação vai estar no aeroporto e nas alterações a introduzir no aeroporto da Portela para agilizar o aumento do número de movimentos por hora”, explicou.
O dirigente lembrou que atualmente o aeroporto regista uma média de “38 movimentos por hora, com um máximo de 40, e poderá chegar a uma média superior, com um máximo de 46, como estava previsto”.
Para “finais de 2019” está previsto a entrada em funcionamento do novo sistema de gestão do espaço aéreo, em simultâneo com o atual, enquanto o redesenho do espaço aéreo, que passa por novos mecanismos de aproximação de Lisboa, poderá levar “um ano e meio a dois anos”.
Lusa
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