Em Julho de 2006, como prenda de aniversário, fiz a mala, e fui visitar quatro ilhas do Açores (São Miguel, Pico, Faial e Terceira). Na altura, não havia voos low cost. Os Açores não eram um destino turístico barato, mas mesmo assim valeu muito a pena.

Para além da beleza natural característica de cada ilha, muito bem preservada, o que mais me agradou foi a simpatia dos seus habitantes. Passaram 16 anos e decidi regressar a São Miguel no passado mês de novembro, numa altura em que já se conseguem voos relativamente baratos, sobretudo quando são reservados com alguma antecedência.

Nunca tinha viajado com a Ryanair, mas nesta visita ao Açores, resolvi regressar com eles. Não tanto pelo preço, mas principalmente pelo horário do voo. E a experiência foi digna de registo...

Primeiro, o voo saiu com duas horas de atraso, sem que nos tenha sido dada qualquer informação durante o tempo de espera.

Depois, enquanto esperávamos, um passageiro resolveu comprar uma garrafa de licor, e beber da mesma como se fosse água. Já dentro do avião, e visivelmente embriagado, dizia ter medo de voar. Só acalmou quando lhe disseram que ia ser posto na rua.

Entretanto, minutos depois de levantar voo, uma inglesa entrou em pânico porque não conseguia respirar. Estava a ver que tínhamos que voltar para trás. Felizmente, lá se acalmou também.

Já com uma hora de viagem a sobrevoar o Atlântico, ouvi uma chinfrineira. Olho, e estava a decorrer um pedido de casamento, com direito a anel e joelho no chão. Foi uma algazarra...

Como se não fossem já emoções suficientes, pouco depois, o piloto resolveu avisar que o jogo Portugal-Uruguai tinha terminado com uma vitória de 2-0. Foi a algazarra total.

Decididamente, viajar com a Ryanair é emoção a mais para a minha idade.

A Ana é a Green Eyes, a autora do blog O Meu Íntimo, onde escreve sobre o seu quotidiano e onde partilhou esta viagem cheia de acontecimentos.