De 6 a 8 de dezembro, são treze os restaurantes espalhados por todo o concelho que vão mostrar as potencialidades desta iguaria, que tem semelhanças com a alheira, mas não leva alho na sua confeção. Leva na sua constituição tripa de intestino grosso de porco, misturada com pão de trigo regional, barriga e entremeada de suíno regadas com azeite transmontano. Tradicionalmente servido com grelos ou nabiças, os restaurantes e chefs de cozinha estão a encontrar novas roupagens, apresentando propostas diversificadas de consumo deste alimento.

“De forma integrada, e com a participação dos empresários locais, acreditamos que é possível ao longo de seis meses, em seis fins de semana específicos, promover seis produtos típicos de Macedo de Cavaleiros”, considera Benjamim Rodrigues, presidente da Câmara Municipal, acrescentando que “a gastronomia é um produto turístico estratégico do concelho, que tem grande potencial de atração e que dinamiza outros setores económicos como o comércio e a hotelaria”.

Este é o segundo fim de semana gastronómico de uma série de seis que teve início nos primeiros dias de novembro e que elegeu a castanha como produto em destaque. No início do ano de 2025, de 10 a 12 de janeiro, reinará outra especialidade local: as casulas e o butelo, um prato que combina um enchido feito com ossinhos do espinhaço e costela de porco, com um feijão seco com casca, que depois de demolhado várias horas, é cozido juntamente com o enchido.

Estes fins de semana gastronómicos têm a marca do Geopark Terras de Cavaleiros, que ostenta o selo Geofood, uma distinção que premeia organizações que criam produtos alimentares apenas com matéria-prima do território e aproveitam as técnicas tradicionais de confeção dos ingredientes.