O vinho produzido pela Sociedade Quinta do Portal, relativo à colheita de 2011, foi eleito o melhor do país por um Grande Júri de especialistas de renome internacional, onde se destacam as britânicas Jancis Robson e Julia Harding, os americanos Joshua Greene e Evan Goldstein, o brasileiro Dirceu Junior e a alemã Caro Maurer.
Além do prémio absoluto atribuído ao Quinta do Portal Grande Reserva, o concurso distribuiu prémios por categorias que contemplaram dois vinhos oriundos do Douro, um da Região do Vinho Verde e outro da Região da Bairrada.
O Messias Clássico Garrafeira, colheita da Bairrada de 2010, recebeu o galardão de Melhor Tinto Varietal; o Melhor Branco Varietal foi atribuído ao vinho verde Quinta de Linhares Azal, de 2015; o premio de Melhor Vinho Branco de Lote foi para o Vallegre Doc Douro Reserva Branco, de 2014; enquanto o Quinta do Portal Grande Reserva conquistou também o galardão de Melhor Vinho Tinto de Lote.
Na categoria de vinhos licoroso, o Vinho do Porto Tawny de 1967 da Messias foi eleito "Melhor Vinho licoroso com data" e o Vinho do Porto Tawny 40 anos Kokpe, da Sogevinus, foi classificado como "Melhor Vinho Licoroso com Idade".
Douro em destaque
O Douro conquistou 14 das 24 medalhas de Grande Ouro nos vinhos tranquilos e quatro Grandes Ouros na categoria dos Licorosos. Foram também premiadas com Grande Ouros nos vinhos tranquilos as regiões vitivinícolas do Alentejo, Bairrada, Dão, Lisboa, Península de Setúbal, Tejo e Vinho Verde.
"A qualidade deste ano foi muito boa", resume Jorge Monteiro, presidente da ViniPortugal, organização interprofissional do setor vitivinícola, reconhecida pelo Ministério da Agricultura, que desde 2013 assegura a realização do Concurso Vinhos de Portugal e que tem como missão "promover a imagem de Portugal, enquanto produtor de vinhos por excelência valorizando a marca "Wines of Portugal".
Vinhos de "prestígio internacional"
Segundo este responsável, a edição deste ano contou com 1.350 vinhos a concurso de todas as regiões do país, "o que tornou ainda mais aliciante" o trabalho do júri internacional, recrutado entre críticos internacionais que são profundos conhecedores da realidade nacional.
"Os vinhos portugueses têm cada vez maior prestígio internacional e esse facto tem vindo também a refletir-se nas vendas. Entre 2014 e 2015 as vendas para o estrangeiro aumentaram de 725 milhões de euros para 736 milhões de euros, apesar da quebra acentuada no mercado angolano, que foi muito afetado pela crise", resume Jorge Monteiro.
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