“O covilhete é uma empada de carne que em Vila Real utilizamos muito. Já desde o século passado que o covilhete era vendido em dia de festa.
Tem a arte do nosso saber fazer e hoje come-se todos os dias, faz parte da nossa tradição” diz Hilário Oliveira, presidente da Confraria do Covilhete. O covilhete era muito consumido nas festas de Santo António e hoje é apreciado em qualquer altura.
“Vendiam porta a porta. Hoje o covilhete vende-se em todas as pastelarias. É o ícone de Vila Real. Traz centenas de pessoas à cidade que vêm provar a nossa gastronomia.”
O pastel de massa folhada reforça ainda a identidade local por o recheio conter carne maronesa e a sua confeção estar associada a um tipo de olaria que se produz próximo de Vila Real e com técnicas ancestrais.
“O nome deve-se à louça negra de Bisalhães e à sua forma. A louça negra, património da UNESCO, dá uma cozedura tranquila e mais saborosa. Hoje estamos a alavancar a marca Covilhete de Vila Real, a tratar da certificação e do processo de identificação geográfica.”
Hilário Oliveira acrescenta que a qualidade do covilhete não resulta de segredos de culinária, até porque a história desta empada terá alguns séculos. O sabor deve-se à seleção dos produtos locais e ao saber fazer. “O bom salpicão, o presunto, a carne maronesa... Isso é que faz o bom covilhete. Depois, é a arte da cozedura lenta.”
O covilhete pode ser encontrado em várias pastelarias de Vila Real e a confraria procura assegurar a qualidade, mesmo junto dos produtores de carne.
O traje da confraria, além da típica capa, tem as insígnias que representam covilhetes. A confraria foi criada em 2015.
O saboroso Covilhete de Vila Real faz parte do programa da Antena1 Vou Ali e Já Venho e a emissão deste episódio pode ouvir aqui.
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