Em declarações à agência Lusa, Álvaro Coimbra notou que Penacova é considerada a “capital” da lampreia e que o festival gastronómico se realiza há sensivelmente 30 anos, desde a década de 1990, atraindo, ano após ano, “milhares de pessoas” àquele município localizado junto ao rio Mondego.
A época da lampreia decorre de fevereiro a abril e Penacova decidiu realizar o seu festival no final do mês, quando os restaurantes “já vão tendo algum movimento” devido ao “famoso” arroz de lampreia, “confecionado com os melhores produtos da região e por mãos sábias que mantêm a receita inalterada há décadas”.
O evento, que será apresentado publicamente na quarta-feira, inclui um preço promocional – ainda não estipulado – mas que Álvaro Coimbra assumiu “não poder ser tão promocional como isso, devido à escassez” de lampreia.
“O preço ainda está alto, porque há escassez de lampreia e não é só no Mondego. É uma situação que tem afetado vários rios portugueses”, observou o autarca.
Se em 2022 o festival de Penacova teve mesmo de ser adiado para abril, devido à falta de lampreia derivada de um inverno “muito seco, com caudal muito baixo” do rio, este ano, apesar de o Mondego ter, nesta altura, muita água, o peixe ciclóstomo, em forma de enguia, continua a faltar.
Durante a iniciativa, a Câmara de Penacova oferece a sobremesa aos clientes dos restaurantes – constituída por doçaria conventual, como os pastéis do Lorvão e as nevadas – e promoverá ainda um ‘pack’ “Descobrir Penacova”, cujo sorteio será realizado mais tarde.
“As pessoas preenchem um cupão e habilitam-se ao sorteio”, explicou Álvaro Coimbra, acrescentando que os cupões permitirão, depois, saber quantos visitantes afluíram ao festival.
Citado numa nota de imprensa enviada à agência Lusa, o autarca de Penacova anunciou a realização do festival, enfatizando que o “prato mais desejado está de volta”.
De acordo com Álvaro Coimbra, o arroz de lampreia “granjeou fama de norte a sul do país, transformando Penacova no destino preferido de milhares de comensais”.
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