Quando se visitam destinos onde a natureza se apresenta de forma incrivelmente pura e densa, e a vida animal selvagem abunda sob várias formas e feitios, é normal surgir a vontade de querer interagir com esses animais, fazendo parte de uma experiência que nunca se viveria, não fosse por essa viagem.

Mas o que habitualmente os viajantes se esquecem é que essa interação direta com animais selvagens é tudo menos inocente: dá origem a consequências gravíssimas no equilíbrio natural destes seres, provocando danos que muitas vezes se revelam irreversíveis.

Nadar com golfinhos, passear em cima de um elefante ou tirar fotografias junto a tigres "domesticados" são apenas algumas das atividades turísticas que vão em tudo contra o conceito de turismo responsável, podendo até ser definidas como práticas cruéis de exploração dos animais.

Descubra abaixo 7 atividades com animais que deverá evitar nas suas próximas viagens, de forma a fazer o seu papel rumo a um turismo responsável e mais humano.

Nadar com golfinhos

Nadar com golfinhos
créditos: Unsplash

Os golfinhos mantidos em cativeiro para entretenimento de humanos são cruelmente capturados no seu habitat natural e afastados das suas famílias, algo que só por si já é traumático o suficiente. Para além disso, precisam de nadar um mínimo de 8 quilómetros por dia, mas em cativeiro estão limitados a um espaço reduzido que lhes causa stress adicional. São conhecidos casos de golfinhos que encontraram no suicídio a única forma de lidar com o trauma.

Montar elefantes

Montar elefantes
créditos: Unsplash

Apesar da sua grande dimensão, os elefantes só suportam um máximo de 150 quilos nas suas costas, mas, frequentemente, o peso dos turistas, do “tratador” e da estrutura ultrapassa este peso. São forçados a trabalhar demasiadas horas seguidas, com pouco descanso, muitas vezes sob muito calor. São capturados no seu habitat natural, afastados das suas famílias e a sua domesticação é feita mediante abusos e agressões físicas violentas. Apesar de, infelizmente, ainda existirem muitas agências a promoverem esta atividade na Ásia, vários grandes nomes do turismo como o TripAdvisor por exemplo, já retiraram esta atividade da sua oferta de tours.

Nadar com tubarões-baleia em Oslob, nas Filipinas

Nadar com tubarões-baleia em Oslob, nas Filipinas
créditos: Unsplash

A única razão pela qual é fácil nadar com tubarões-baleia em Oslob, na ilha de Cebu, Filipinas, é porque os animais são alimentados por pescadores que assim os atraem para junto dos turistas. Este comportamento causa distúrbios na saúde dos animais, que acabam por não receber os nutrientes que receberiam normalmente no seu dia a dia natural, e altera os seus padrões de migração, o que poderá vir a ter efeitos na própria reprodução do animal. Além disso, dá origem a um maior à vontade dos animais junto a humanos, o que leva muitas vezes a ferimentos causados por motores e hélices de barcos.

Tirar fotografias com tigres “domesticados”

Tirar fotografias com tigres “domesticados”
créditos: Unsplash

Os animais que se encontram nos chamados “santuários” de tigres em países como a Índia ou a Tailândia são sedados para que os turistas se possam aproximar deles. Passam o dia acorrentados e limitados a um espaço reduzido. Existem casos de tigres a quem lhes foram retiradas garras e/ou dentes para maior segurança dos turistas que visitam este tipo de atrações.

Assistir a touradas

Assistir a touradas
créditos: Unsplash

As touradas, consideradas por alguns como expressão cultural, são uma das formas mais graves de exploração e maus tratos a animais do mundo. Aqui, a tortura e consequente sofrimento de um animal, o touro, é utilizado como motivo de entretenimento para turistas e aficionados. Não existe qualquer explicação válida e racional que justifique a ainda existência desta prática, especialmente em países ditos desenvolvidos.

Passeios de carroça, de cavalo ou de mula

Passeios de carroça
créditos: Unsplash

À semelhança do que acontece com os elefantes, os animais usados para entretenimento e transporte de turistas, como cavalos, burros ou mulas, são mantidos em condições desumanas e forçados a trabalhar horas a fio, indo muitas vezes além da sua capacidade. São várias as histórias de cavalos de carruagens que colapsam e morrem ao serem levados à exaustão.

Degustação de café Kopi Luwak, na Indonésia

Civeta
créditos: Pixabay

O café Kopi Luwak é conhecido por ser proveniente de grãos de café ingeridos e depois expulsos nas fezes do civeta, um pequeno mamífero originário de países do Sudeste Asiático como a Indonésia. Para fazer este café, estes animais são mantidos em cativeiro, sendo privados de qualquer exercício, espaço, liberdade ou alimentação adequada.

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