Geralmente, a turbulência é inócua

Vários fatores podem provocar estes abalos nos aviões durante o voo: correntes ascendentes ou descendentes provocadas por nuvens de tempestade, correntes térmicas ou simplesmente mudanças de direção ou de intensidade do vento.

O fenómeno acontece normalmente a 30 mil pés ou acima (cerca de 9100 metros). Antes de iniciar um voo, os pilotos são previamente informados acerca das condições atmosféricas, o que lhes permite planear e escolher a rota mais adequada. Mesmo durante o voo, os radares do cockpit e relatórios de outros voos na área ajudam a apurar a possibilidade da ocorrência de turbulência.

A turbulência não causa acidentes aéreos

Apesar de em alguns casos parecer, Patrick Smith, piloto e autor do blog Ask the Pilot explica que a probabilidade do fenómeno por em causa a segurança do aparelho é rara. "Os aviões são construídos para aguentar uma enorme quantidade de condições adversas".

Steve Allright, piloto da British Airways, refere no jornal The Telegraph que existe um sistema mundial de classificação da turbulência: leve, moderada e severa. A turbulência leve é equiparada a uma estrada com um piso irregular ou um carril desnivelado numa linha de comboios.

Em situações destas, o avião muda ligeiramente a altitude. A turbulência moderada dura geralmente entre 10 a 15 minutos mas pode ir até várias horas de forma descontinuada. Em alguns casos, os copos pousados no tabuleiro podem mesmo tombar mas não é necessário o controlo manual da aeronave pelo piloto.

Os episódios de turbulência severa são extremamente raros. "Em toda a minha carreira com 10 mil horas de voo experienciei turbulência severa por apenas cinco minutos.(...)Provavelmente um passageiro em lazer ou mesmo em negócios não os irá experienciar nunca", refere o piloto.

Ferimentos relacionados com episódios de turbulência podem acontecer, mas são raros

Em 2016, 58 pessoas ficaram feridas devido a episódios de turbulência nos EUA. Desses, cerca de dois terços eram hospedeiros ou passageiros que não estavam a usar o cinto na altura do abalo, de acordo com o blog Ask the Pilot.

Turbulência em céu limpo é a mais imprevisível e está a aumentar

Parece paradoxal mas a turbulência com céu limpo é a mais comum. Nem os pilotos nem os radares meteorológicos conseguem prever o exato momento em que poderá acontecer, a tempo de avisar a tripulação e os passageiros. Não é de estranhar que a maioria dos ferimentos aconteça nestas situações.

De acordo com os cientistas, o aquecimento global está a contribuir para o aumento dos episódios de turbulência em céu limpo que poderão mesmo atingir o dobro a meio do século.

É recomendável manter o cinto sempre apertado durante o voo

Se os pilotos o fazem porque não os passageiros? Para se precaver de abanões inesperados, o ideal é manter o cinto de segurança apertado durante todo o voo e não apenas quando o piloto ativa o sinal. As crianças de colo são especialmente vulneráveis em situações de turbulência.

Atualmente, a TAP permite o transporte de crianças até aos cinco anos em cadeiras de automóvel. Os bebés até 12 meses de idade podem também ser acomodados num berço disponibilizado pela companhia em viagens de longo curso, mas a sua utilização não é permitida em situações de turbulência.

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