Texto enviado por Susana Ribeiro, estudante de Património e Turismo Cultural

Braga deixa a porta aberta para receber os novos alunos que chegam à cidade. Literalmente. Quem chega a Braga encontra o Arco da Porta Nova. A “nova porta” foi mandada construir pelo arcebispo D. Diogo de Sousa, mas como não existia nenhuma guerra, nunca foi colocada uma porta no arco. Assumem-se assim os bracarenses como sendo pioneiros em deixar as portas abertas para quem chega.

Chegados a Braga, podem aproveitar para visitar os monumentos que cobrem a cidade. A Sé de Braga é a mais antiga de Portugal – quem nunca ouviu a expressão “mais velho do que a Sé de Braga”? – e apresenta-se como o ex-libris da cidade. O início da construção foi no século XI, mas ao longo dos tempos foi diversas vezes alterada. Hoje, podemos encontrar o resultado de vários séculos de modificações e acréscimos que serviram para enriquecer a valia artística de um edifício que engloba o estilo românico, manuelino e barroco.

Junto à ala medieval do Paço Episcopal Bracarense encontra-se o Jardim de Santa Bárbara, que se apresenta como num recanto colorido no meio da cidade. Num dos locais mais bonitos da cidade, a calma e o silêncio ainda imperam, mesmo estando no centro da cidade. A fonte do século XVII que se apresenta ao centro é encabeçada por Santa Bárbara, dando nome ao jardim. Quem chega a Braga encontra aqui um dos lugares mais bonitos e “fotogénicos” da cidade.

Jardim de Santa Bárbara
Jardim de Santa Bárbara Jardim de Santa Bárbara créditos: Antonio Alelu

O Bom Jesus é visível de todos os pontos da cidade, e um dos locais mais conhecidos: um dia vais estar no Campus de Gualtar e ganhar coragem para ir ao Bom Jesus a pé. São cerca de três quilómetros e 581 degraus, mas quando chegares ao cimo, saberás que valeu o esforço. Chegado ao topo, poderás “ver Braga por um canudo”, literalmente, pois é aqui que é colocado o binóculo que deu origem à expressão. É fácil encontrar a calma por entre as árvores, os lagos e as pequenas grutas existentes no Bom Jesus. E se os 581 degraus parecerem demasiado podem subir e descer de elevador, que funciona desde 1882, e faz a ligação entre a parte alta da cidade e o Bom Jesus.

Quando olhares para o cimo do monte e vires o Bom Jesus, provavelmente verás também o Santuário do Sameiro. Além da imponte construção – iniciada em 1863 – ir ao santuário do Sameiro é encontrar o local perfeito para ver a cidade de Braga do alto. No santuário é possível encontrar a imagem de Nossa Senhora do Sameiro, esculpida em Roma e benzida pelo Papa Pio IX.

Bom Jesus
Bom Jesus Bom Jesus créditos: Pixabay

O Paço Episcopal Bracarense situa-se junto ao Jardim de Santa Bárbara, bem no centro da cidade de Braga. Ficou para último, por ser para os novos e velhos alunos local de referência. O edifício tem as fachadas voltadas para o Largo do Paço, largo que se enche de capas negras todos os anos. No centro encontram o Chafariz dos Castelos construído no século XVIII encimado por uma figura feminina que simboliza a cidade que agora vos acolhe. Estará presente ano após ano durante a vossa jornada nesta nova casa, e no final, vão querer ficar.


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