Se há cidade importante no mundo pela sua história, essa é Roma. Já foi a capital do mundo e hoje alberga os restos da nossa história, da nossa civilização, aquilo que hoje chamamos de sociedade moderna. Em cada esquina iremos tropeçar contra vestígios do Império Romano, seja guiado por um mapa ou pelo acaso. Há os que são pagos, e merecem uma visita, e há outros que nos aparecem à frente quando menos esperamos. “Roma não se fez num dia” e a melhor forma de descobrir as histórias por detrás da História é perder-se na capital italiana.
É um chavão para todas as grandes cidades do mundo, mas aqui faz mais sentido do que nunca. Roma é um museu a céu aberto, mas caótico. De metro ou autocarro não conseguimos absorver e apreciar toda a beleza de Roma, até porque parte desta tem de ser vista a poucos centímetros dos nossos olhos. Cada placa conta-nos a tal história que queremos levar para casa. Além do mais, ruas, como a belíssima Via Margutta, têm de ser apreciadas pelos nossos próprios pés, com o olhar atento para a cor alaranjada dos edifícios e as flores que caem nas varandas.
Sim, não bate a sua rival Paris, mas Roma ganha mais encanto à noite. Até porque é sabido que é uma cidade escura e suja, algo que não deve ser confundido com desmazelo. Roma é antiga, Roma é História. Limpá-la faria dela mais uma cidade entre muitas na Europa. Roma é bonita assim, desconstruída e selvagem, deixem-na ficar assim. Mas se querem lugares limpos, bem preservados, deixem-se levar pelas cores noturnas do Vittorio Emanuelle II, do Coliseu e da Fontana di Trevi. Impossível não ficar embasbacado com tamanha imponência.