Os Romanos acreditavam que, por mais voltas que o mundo desse, a capital do império jamais deixaria de existir. E por isso lhe chamaram Cidade Eterna. Este tratamento mantém-se até hoje quando se fala de Roma, uma das capitais mais empolgantes da Europa.
Uma nação dentro de uma nação
O roteiro de Roma não pode deixar de fora a visita ao Vaticano. Esta inclui, desde logo, os Museus, considerados um dos espaços museológicos mais importantes do mundo. Aqui pode ser apreciada uma vasta coleção de peças acumuladas pelos papas desde o século XVI. Imprescindível é também a Capela Sistina, no Palácio Apostólico. A sala recebeu este nome graças a Sisto IV, papa que ordenou a restauração do espaço entre 1473 e 1481. A sua fama deve-se, sobretudo, aos frescos no cofre e no texto, ambos de Miguel Ângelo. Ainda no Vaticano está a maior igreja cristã do mundo: a Basílica de São Pedro. Construído sobre o local de sepultura de São Pedro, um dos doze apóstolos e primeiro bispo de Roma, o templo impressiona não apenas pela sua dimensão, mas também pelo interior rico de detalhes. Um dos seus destaques é a Pietà, escultura de Miguel Ângelo, criada entre 1498 e 1499. Vale também a pena subir ao miradouro da cúpula, que oferece vistas de cortar a respiração.
À descoberta do Império Romano
Palavras para quê? Quando se pensa em Roma, o Coliseu será provavelmente a primeira atração que vem à cabeça. Apesar de esta ser a sua designação mais comum, o monumento é ainda conhecido como Anfiteatro Flaviano, uma vez que foi mandado construir há cerca de dois mil anos durante a dinastia flamenga. Já o nome Coliseu deriva de uma grande estátua do Colosso de Nero, que existiu nas proximidades. Por aqui passou muita da história do Império Romano, fator que, juntamente com a sua preservação, valeu ao Coliseu o estatuto de Património Mundial da UNESCO em 1980. O monumento foi também declarado uma das Novas Sete Maravilhas do Mundo Moderno, em 2007. Muitos cliques depois, siga até outro ex-libris de Roma: o Fórum. Infelizmente pouco resta dos edifícios onde se encontravam o governo, o mercado e os templos religiosos. Mesmo assim, este é um passeio imperdível para os amantes da história clássica.
Igualmente imprescindível é a visita ao Monte Palatino, uma das mais importantes colinas de Roma. Considerada o berço da capital italiana, acredita-se que foi aqui que Rómulo fundou a cidade. Verdade ou apenas lenda, o certo é que existem aqui vestígios arqueológicos datados de 1000 a.C. Podem aqui ainda ser apreciadas ruínas de imponentes edificações, entre as quais o Domus Flávia, palácio do ano 81 a.C. mandado construir por Domiciano para ser residência oficial e pública. Deixe-se também conquistar pelos Jardins Farnese, projetados em meados do século XVI sobre as ruínas do Palácio de Tibério e um dos primeiros jardins botânicos da Europa. Não deixe a zona sem visitar o Museu Palatino, onde estão expostas diferentes descobertas feitas durante as escavações arqueológicas.
Dos banhos públicos à galeria
As Termas de Caracalla são outra paragem obrigatória durante uma estada em Roma. Estes banhos públicos foram construídos entre 212 e 217 com o nome de Thermae Antoninianae e estão entre os maiores e mais conservados exemplos de um antigo complexo termal. Apesar de restaram apenas algumas paredes e ruínas, as Termas transformaram-se numa atração muito procurada devido sobretudo à visita com ajuda da Realidade Virtual, que é uma verdadeira viagem ao passado glorioso de Caracalla. Depois desta incursão pela Roma Imperial, siga até aos jardins da Villa Borghese. Considerado o Central Park de Roma, este parque é um dos mais belos da Europa e tem no seu interior não só o jardim zoológico da cidade, mas também, e sobretudo, um dos seus mais encantadores museus. A Galeria Borghese alberga uma vasta coleção de pinturas, esculturas e antiguidades iniciada pelo Cardeal Scipipione Borghese.
Onde e o que comer em Roma
A capital italiana tem, como qualquer destino turístico, uma vasta oferta no que toca à restauração, mas claro que existem algumas zonas perfeitas para um almoço ou jantar. É o caso de Trastevere, um charmoso bairro de ruas estreitas e edifícios antigos, que convida a uma refeição tardia romântica ou a uma bebida relaxante num dos seus muitos bares. A Piazza di Spagna é outro destino a ter em conta, destacando-se pelos restaurantes pequenos e acolhedores para todos os gostos. Já a Piazza Navona tem opções mais refinadas, logo mais dispendiosas, mas é imbatível pela vista e o ambiente. Se busca uma trattoria ou uma osteria nada como a zona do Panteão, também afamada por aqueles que muitos consideram os melhores gelados da cidade.
A gastronomia italiana está recheada de iguarias e Roma contribui com algumas. Uma delas é a pizza, mas não aquela a que possivelmente está habituado. Trata-se da Pizza al taglio, que significa pizza aos pedaços. Em vez de redonda, a massa é retangular e vendida ao peso. Habitualmente consumida ao balcão ou em andamento, esta pizza conquista tanto pela variedade dos sabores quanto pelo preço acessível. Os amantes de pizza vão também querer experimentar a Bianca, também de formato retangular, vendida ao quilo, sem cobertura, apenas com azeite e sal. Outro ex-libris da gastronomia romana é a Carbonara. A sua importância é tal, que até um Dia: o 6 de abril. Apesar das suas mil e uma variações, o prato original consiste de spaghetti ou rigatoni feito com guanciale (bochecha de porco), queijo pecorino, gema de ovos e azeite. Sobremesas também não faltam na Cidade Eterna. Do menu fazem parte, por exemplo, os Cannoli, fritos de massa crocante recheados com creme de ricota ou mascarpone. Roma convida ainda a experimentar os Bomboloni, outro bolinho frito semelhante a um dónute, e o Zabaglione, sobremesa à base de gemas, açúcar e vinho marsala.
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