Dois pés, um joelho, bíceps e uma imponente cabeça de mármore. São estes os elementos originais que serviram de modelo à estátua, agora reconstruída, de Constantino, o primeiro imperador romano a se ter convertido ao cristianismo.

Esta terça-feira, foi exposta em Roma pela primeira vez uma reprodução da estátua de 13 metros de altura que representa Constantino coberto com uma peça de bronze, como era costume com as estátuas erguidas na Roma antiga em homenagem a deuses e imperadores.

A estátua é a maior da qual foram encontrados vestígios em Roma, explicou à imprensa Claudio Parisi Presicce, curador encarregado dos monumentos da capital italiana, e foi instalada num jardim no topo da colina do Capitólio, de onde é visível o Fórum romano.

Ainda assim, julga-se que esta estátua não seria a maior de Roma. O recorde pertenceria ao colosso que representava o imperador Nero, com 30 metros de altura e erguido perto do local onde agora está o Coliseu.

"A impressão que se tem diante desta estátua do imperador é um reflexo da sensação que os seus súbditos teriam diante de uma imagem imperial", afirmou Presicce.

Durante centenas de anos, arqueólogos, historiadores e turistas tiveram que usar a imaginação para ter uma ideia de como era a estátua completa a partir de fragmentos de mármore ainda expostos no museu do Capitólio.

A estátua foi reconstituída em resina a partir de uma dezena de fragmentos de mármore conservados no Capitólio desde 1486: duas mãos e dois pés, um joelho e uma panturrilha (barriga da perna), dois fragmentos de bíceps com veias visíveis, um pedaço de torso, sem esquecer a enorme cabeça.

"Ninguém nunca pensou em estudar a relação entre estes diferentes fragmentos", disse Claudio Parisi Presicce.

Graças a estudos exaustivos, verificou-se que algumas partes de Constantino talvez tenham feito parte de uma estátua mais antiga. Alguns detalhes do queixo sugerem que a estátua tinha barba.

O monumento permanecerá no topo da colina do Capitólio pelo menos até 2025, ano jubileu, quando se espera a visita de milhões de peregrinos católicos a Roma.

Ainda não se decidiu para onde será levado posteriormente.