
Gerês
O Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG) é um dos locais obrigatórios de visita para os amantes da natureza. Composto por montanhas imponentes, cascatas, lagos, pontes medievais, trilhos e calçadas milenares, o Gerês é um verdadeiro santuário natural perfeito para se visitar em qualquer estação do ano.
Situado a norte de Portugal, o PNPG estende-se por cinco concelhos: Arcos de Valdevez, Melgaço, Montalegre, Ponte da Barca e Terras de Bouro. Existem, portanto, cinco portas de entrada para este santuário natural, que se diferenciam pelas suas temáticas e localizações: Porta de Mezio, em Arcos de Valdevez, dedicada à conservação da natureza e biodiversidade; Porta de Lamas de Mouro, em Melgaço, dedicada à História e ocupação do território; Porta da Montalegre onde a paisagem ganha destaque; Porta do Lindoso, em Ponte da Barca, dedicada à geologia e água e a Porta de São João do Campo, em Terras de Bouro, dedicada à História e civilizações.

Com cerca de 190 km, distribuídos por 19 etapas que ligam a Ameijoeira a Tourém, a GR 50 – Grande Rota Peneda-Gerês é uma das maiores rotas pedestres em Portugal, com a particularidade de se desenvolver totalmente em zona de montanha. Se gosta de fazer caminhadas ao ar livre, não deixe de experimentar os trilhos do Parque Nacional, composto por itinerários diversificados e paisagens de cortar a respiração. Conheça aqui mais informações sobre as etapas disponíveis e planeie as suas caminhadas.
Relativamente ao alojamento, se for com familiares e/ou amigos e preferir algo com mais privacidade, opte pelo alojamento turístico localizado nas aldeias do Parque Nacional da Peneda-Gerês, nomeadamente a Casa Alagoa na aldeia de Castro Laboreiro, Casa do Penedino na aldeia da Gavieira, Vivenda Príncipe em Terras de Bouro e Casa nos Penedos em Arcos de Valdevez.
Se preferir uma estadia mais descomplicada, e com algumas refeições incluídas, os hotéis podem ser uma boa alternativa: o Adelaide Hotel, em Terras de Bouro, conta com restaurante e spa para que possa relaxar durante a sua estadia; a Pousada Mosteiro de Amares, sediada num antigo mosteiro cisterciense do século XII, entre a cidade de Braga e a Serra do Gerês; e a Pousada Gerês-Caniçada, com restaurante e vistas panorâmicas para o Parque Nacional.
Pela sua riqueza turística é impossível conhecer o Parque Nacional Peneda-Gerês a fundo num par de dias. No entanto, seja o que for que visitar, vai querer voltar mais vezes a este recorte mágico de Portugal.
Tratando-se de um local montanhoso, com vários cantos e recantos isolados, necessita de viatura própria ou um tour para visitar o Gerês. Se não tem nenhuma das opções, o aconselhável é alugar um carro e, claro, preparar-se para andar muito a pé.
Visite os Espigueiros do Soajo, em Arcos de Valdevez, que compõem a eira comunitária ainda utilizada, nos dias de hoje, pela população. Siga para o Castelo de Lindoso, localizado no concelho de Ponte da Barca, erguido de raiz na Idade Média, considerado como um dos mais importantes monumentos militares portugueses, pelas novidades técnicas e arquitetónicas que representou na época.

Passe pela Cascata do Leonte, conhecida pela sua profundidade e águas cristalinas. Se gostar de museus considere o Museu Etnográfico de Vilarinho das Furnas, cujo espólio se concentra na referência ao sector agrário, na preservação das tradições comunitárias, na vida doméstica e na ruralidade genuína da aldeia. Para a melhor vista sobre a confluência do Rio Cávado com o rio Caldo, passe pelo Miradouro da Pedra Bela, em Terras de Bouro, situado a 800 metros de altitude. Considere ainda visitar a Cascata do Arado e a Ponte da Misarela, ou Ponte do Diabo segundo o mito medieval, localizada num desfiladeiro sobre o Rio Rabagão, sustentada por um único arco com 13 metros de vão. Foi erguida na Idade Média e reconstruída no século XIX.
Por fim, não deixe de visitar algumas das aldeias inseridas no PNPG, nomeadamente Castro Laboreiro, Cabreiro, Pitões da Junias e Lindoso, onde poderá aconchegar a barriga com comida tradicional portuguesa.
Lembre-se de partir agasalhado para esta aventura, e preparado para alguma chuva, e neve (se tiver sorte), que possa encontrar pelo caminho, não fosse este um dos lugares mais pluviosos de Portugal.

Serra da Estrela
O ponto mais alto de Portugal Continental tem todos os ingredientes necessários para quem pretende passar uns dias na neve. Com sorte poderá encontrá-la, no entanto, a serra guarda muitos outros encantos que valem a pena serem visitados, com ou sem neve.
O Parque Natural da Serra da Estrela situa-se no interior de Portugal e integra a Cordilheira Central Portuguesa, junto com a Serra do Açor e a Serra da Lousã. Está localizado nos distritos de Castelo Branco e Guarda e abrange seis municípios: Celorico da Beira, Covilhã, Gouveia, Guarda, Manteigas e Seia.
Na serra com maior altitude de Portugal Continental, há muito que fazer e conhecer. Para os amantes da natureza aos apaixonados por desportos radicais, para os que preferem os museus àqueles que adoram conhecer a gastronomia e costumes locais, ninguém fica de fora com o vasto leque que a serra oferece.
Comece por visitar a Torre, o ponto mais alto da serra com 1993 metros de altitude, que no inverno atrai muitos turistas devido aos mantos de neve que acumula. Em 2019, a Serra da Estrela recebeu o estatuto de Geopark Mundial pela UNESCO. Uma vez na Torre, visite o Centro de Interpretação, onde encontrará uma equipa de especialistas do Geopark que lhe explicará todos os segredos que a Estrela guarda.

Caso o motivo da sua viagem à Serra da Estrela sejam os desportos radicais, como o esqui e o snowboard, visite a Estância de Ski da Serra da Estrela que conta com dez pistas balizadas, nove pistas naturais, um snowpark com três pistas e várias tipologias de aulas de esqui e snowboard. Tenha em atenção que o funcionamento e abertura da estância depende das condições meteorológicas, pelo que é aconselhável consultar o site oficial antes de se deslocar até ao local, de modo a evitar possíveis constrangimentos. No site, poderá encontrar informações sobre tarifas, acessos, respostas a perguntas frequentes e ainda consultar as câmaras ao vivo.
Mesmo junto à estância, encontra-se a Casa Abrigo Serra da Estrela, situada em pleno coração da Serra, a 1906 metros de altitude. Poderá ser um alojamento interessante para os amantes da Natureza e para quem tencione uma estadia mais perto da Estância da Ski. Dispõe de capacidade máxima de 12 camas, dois quartos individuais, duas casas de banho, aquecimento central, cozinha totalmente equipada e televisão. Para mais informações consulte o site oficial. Para quem procura um alojamento com mais conforto e menos preocupações, considere o Luna Hotel Serra da Estrela, com pequeno-almoço e regime de meia pensão disponível, com preços a começar dos 89€ por noite, para duas pessoas.
Se os seus planos não passam pelo esqui, a serra guarda muitos outros encantos. Aproveite a paisagem natural da Lagoa Comprida e, a uns minutos de distância, visite o famoso Covão dos Conchos, o famoso buraco que parece um portal para outra dimensão, mas que na verdade é um túnel de 1,5 quilómetros de extensão responsável por conduzir as águas da Ribeira das Naves até à Lagoa Comprida.

Para os amantes da natureza e fãs de caminhadas, os Passadiços do Mondego são um percurso obrigatório em qualquer roteiro. Com uma extensão de 12 quilómetros ao longo das margens do rio Mondego e seus afluentes, no percurso encontrará uma grande variedade de biodiversidade e vários pontos de interesse, nomeadamente a Albufeira do Caldeirão, a Cascata da Ribeira do Caldeirão, Ponte da Mizarela e a Central Hidroelétrica do Peteiro. Não perca as Caminhadas Interpretadas pelos Passadiços do Mondego, organizadas pelo Geopark e o Município da Guarda. A primeira caminhada está agendada para dia 11 de fevereiro, se as condições meteorológicas permitirem a sua realização. Consulte o site oficial para mais informações.

Uma viagem à região centro do país é o pretexto perfeito para considerar visitar as Aldeias Históricas de Portugal. Só na região da Serra da Estrela encontrará nove que pode visitar: Almeida, uma vila imponente e fortificada em forma de estrela; Belmonte, terra natal de Pedro Álvares Cabral, onde se encontra o castelo medieval onde nasceu e cresceu; Castelo Mendo, uma aldeia predominantemente medieval, com vários detalhes românico-góticos; Castelo Novo, em plena Serra da Gardunha, numa paisagem em anfiteatro natural; Castelo Rodrigo, aldeia onde os vestígios mais antigos da presença do homem no território remontam até ao Paleolítico; Marialva, aldeia que foi uma importante praça militar na Idade Média e com uma povoação de raízes muito antigas; Linhares da Beira e Sortelha, autênticos museus a céu aberto, com uma arquitetura medieval que parece saída de um filme e Trancoso, que possui um dos mais significativos centros históricos de Portugal, cercado por muralhas que, até ao momento, permanecem, em grande parte, intactas.
Para quem gosta de conhecer a gastronomia e tradições locais considere passar por Seia para visitar o Museu do Brinquedo, que tem uma coletânea de mais de dez mil brinquedos de Portugal e do mundo, e o Museu do Pão, onde poderá realizar uma visita multissensorial sobre o património do pão português.
Se há alimento pelo qual a região é conhecida é, certamente, o Queijo da Serra da Estrela, produzido a partir do leite cru estreme de ovelha da raça Bordaleira. Visite o Solar do Queijo, situado na vila de Celorico da Beira, onde poderá conhecer mais sobe as técnicas utilizadas no seu fabrico artesanal, desde a ordenha até chegar à mesa do consumidor. No entanto, se tiver oportunidade, não se fique pelo queijo e aventure-se pela gastronomia típica da região, que é tão variada quanto deliciosa: a morcela da Guarda; farinheira de Manteigas; míscaros; sardinhas doces de Trancoso; cavacas de Pinhel; borrego; cabrito; grelos à pastor; migas de grão de Alpedrinha, e a lista continua.

Para visitar a Serra da Estrela, museus locais, aldeias históricas e ainda explorar a gastronomia local, Seia poderá ser a localização ideal para se alojar. Se preferir hospedar-se num hotel, considere o Hotel Eurosol Seia Camelo, a 300 metros do centro da cidade, se preferir algo mais privado opte pelo turismo rural, nomeadamente Quinta de Vodra ou a Hospedagem Dona Rosalina.
Guimarães
O berço de Portugal vale a pena ser visitado a qualquer altura do ano e é o destino perfeito para uma escapadinha de fim de semana.
Distinguido como Património Mundial pela UNESCO, Guimarães, localizado no distrito de Braga, tem uma herança histórica riquíssima, com praças, monumentos, ruínas e ruas medievais que preservam no tempo a História da cidade onde nasceu Portugal.
Comece a explorar a narrativa da cidade no local onde tudo começou – o Castelo de Guimarães. Mandado construir pela condessa Mumadona Dias, entre 950 e 957, para proteger o mosteiro vimaranense dos ataques dos Normandos que chegavam ao território pelos mares do norte da Europa, o Castelo de Guimarães é considerado uma das Sete Maravilhas de Portugal. Explore o interior das suas muralhas e deixe-se transportar para uns séculos atrás, emergindo e conhecendo mais sobre a História da fundação do país.

Mesmo ao lado, visite o Paço dos Duques de Bragança, um imponente edifício mandado construir por D. Afonso – futuro Duque de Bragança – como residência para a sua amante, D. Constança de Noronha. Durante a ditadura, o paço serviu como habitação de Salazar e é, atualmente, a residência oficial do Presidente da República quando visita o norte do país. No seu interior, irá ter contacto com vários objetos históricos preservados no tempo: tapeçarias, cerâmicas, mobiliários, pinturas e metais que farão com que se sinta transportado para outra época.

Apesar de ser um pouco ofuscada pelas dimensões do castelo e do paço, considere visitar a Capela de São Miguel, monumento de grande importância histórica: foi na sua pia batismal que se batizou o primeiro rei de Portugal – D. Afonso Henriques.
Uma das vantagens de visitar Guimarães é a possibilidade de visitar grande parte dos pontos de interesse a pé. Se não estiver a chover, uma caminhada pela cidade pode ser uma boa opção para contrariar a brisa do inverno. Considere visitar o centro, nomeadamente o Largo da Oliveira, a Igreja da Nossa Senhora da Oliveira e o Padrão do Salado, que se destacam pela sua arquitetura e importância histórica, captando a atenção das gentes que por ali passam.
Pelo centro histórico e ruas adjacentes localizam-se dezenas de restaurantes onde poderá provar a gastronomia local. A cozinha tradicional da região do Minho e Guimarães é conhecida pelos seus enchidos, sopas caldosas e recheadas de legumes, broa de milho e petiscos, como o caso da “punheta de bacalhau”, moelas e polvo em molho verde. Relativamente aos pratos principais destacam-se o polvo à Lagareiro, o bacalhau com broa e os rojões à Minhota com papas de sarrabulho. Para sobremesa prove a torta de Guimarães e o toucinho-do-céu.

A 20 minutos de distância do centro da cidade encontrará a Taipas Termal, um spa termal, com vários serviços disponíveis desde as massagens de relaxamento ao termalismo terapêutico, que pode ser uma boa sugestão para relaxar e cuidar da sua saúde e bem-estar.
No que diz respeito ao alojamento, Guimarães oferece um vasto leque de opções para todos os gostos e carteiras. No entanto, para que possa visitar tudo a pé e com tempo, o centro é a melhor opção para ficar alojado. Considere o Hotel Toural, localizado no coração do centro histórico da cidade e próximo dos locais mais emblemáticos, ou o Bellu Suites, também ele centralizado e perto da estação ferroviária da cidade.
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