Várias cascatas de água brotam da montanha. Umas com queda a pique de dezenas de metros e a espuma sobressai do negro do basalto. Noutros casos, são pequenas quedas de água que se multiplicam ao longo da encosta.
No sopé da montanha forma-se uma lagoa com água transparente e o ambiente é de grande serenidade.
Árvores altas, vegetação densa e a lagoa com várias cores e reflexos.
O prazer da Natureza seduz algumas aves. Era frequente virem até aqui patos e por esse motivo o lugar também é conhecido como Lagoa das Patas.
É um lugar isolado e quando chegamos, subitamente, abre-se o cenário das cascatas e ficamos espantados. Diz José Eduardo, diretor do Parque Natural da ilha das Flores, que "é o paraíso".
Chega-se à lagoa e fica-se assoberbado com a beleza. Uma manifestação de verde, água e silêncio... de tudo. "Se não estiver mais ninguém e se nos abstrairmos pensamos que somos os únicos à face da Terra".
O acesso ao paraíso começa junto à estrada. Próximo da ponte da Ribeira do Ferreiro. Depois é seguir um caminho pedestre durante 10 a 15 minutos. É sempre a subir entre árvores e riachos e vamos descobrindo a variedade da flora local. Com muitas sombras e riachos que vão embalados em sentido contrário ao nosso.
O esforço da subida não é grande e o prémio da chegada supera qualquer contrariedade.
Como a montanha é muito alta as cascatas conseguem-se ver de vários lugares próximos da Fajãzinha e da Aldeia da Cuada. No entanto, nada se compara com o prazer de desfrutar o cenário junto à lagoa.
Não muito longe há uma outra cascata, com cerca de 90 metros de altura e também forma uma lagoa. É o Poço do Bacalhau, próximo da Fajã.
Um dos encantos e das particularidades da ilha das Flores é a abundância de água. Como sublinha José Eduardo, a ilha das Flores diferencia-se das restantes do arquipélago devido à água. “É a ilha da água com lagoas, cascatas e ribeiras. A ilha tem também um relevo muito acidentado. Estas características propiciam uma paisagem única.”
Para fazer passeios na ilha os meses mais indicados são os do Verão. No entanto, é no Inverno que as cascatas têm mais exuberância.
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