Brutal pelo efeito que provoca num primeiro olhar, brutal pela dimensão das escarpas de basalto, muito altas e com rochas salientes, suficientes para travar a força do oceano.
Brutal também pelo contraste entre o negro do basalto e o azul límpido da água e por último, porque é selvagem. Os elementos naturais estão quase em estado puro. É insignificante a intervenção humana.
Há mais piscinas naturais em redor da Fajã do Ouvidor. Aqui são chamadas de poças e uma outra que fica próximo é a do Caneiro. É um deleite para os muitos banhistas que se aventuram. Outros manifestam receio e ficam apenas pelo ligeiro contacto com a água.
A Poça de Simão Dias é a maior de todas as piscinas naturais e é um dos lugares de maior beleza natural da ilha de S. Jorge.
É extensa e irregular devido às formações rochosas que estão dispersas e são resultado de erupções vulcânicas.
É relativamente fácil de visitar. No extremo da Fajã do Ouvidor há alguns trilhos e um deles tem uma vista do alto de uma escarpa. Outro caminho é pelas pedras e rochas e leva-nos à zona mais profunda, junto à água e à parte submersa do basalto com contornos que ficam amarelos, acrescentando cores ao azul celeste da água do Atlântico.
A beleza natural da Fajã do Ouvidor não se fica pelas piscinas naturais. Há um miradouro no alto da serra que nos oferece uma bela visão de conjunto.
A Fajã é uma pequena zona plana entre o oceano e as montanhas. Uma parcela minúscula de terra comparada com a encosta da montanha que a cerca, com cerca de 400 metros de altura.
Está toda verde, com uma vegetação densa, tal como os terrenos em redor das casas.
São menos de uma centena de habitações, quase todas pintadas de branco e uma ou outra com o basalto à vista. As casas estão dispersas e algumas localizam-se próximo das ravinas basálticas junto ao mar.
A Fajã do Ouvidor tem um porto e é frequente a presença de embarcações. A actividade piscatória já foi mais relevante como também a produção de cereais.
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