A queda de água tem vários patamares e o maior é a pique com o branco da espuma a sobressair do fundo negro do basalto.
No solo, forma-se um percurso de água muito calmo que faz uma breve paragem num pequeno lago que é o lugar preferido dos patos.
A ribeira passa depois por debaixo de uma ponte e poucos metros à frente beija o Atlântico.
A aldeia de Maia é vizinha da cascata. É muito pouco o movimento na ponte e, por vezes, passam alguns pescadores.
De resto é a natureza. A flora, a fauna e as várias camadas geológicas que mostram como Santa Maria foi ilha duas vezes. Primeiro com a forma de um vulcão e depois acabou por ficar submersa.
Nesse período, conforme refere Rita Câmara, diretora do Parque Natural da Ilha de Santa Maria, a ilha desapareceu completamente e houve sobreposição de elementos. Areais e animais. Uma segunda atividade vulcânica com lavas submarinas soterrou estes vestígios marinhos e novamente foi-se formando a ilha.
São essas formações geológicas que vemos na encosta sul da ilha. Na cascata também são visíveis até porque a queda de água tem uma forma cilíndrica.
Do lado esquerdo da cascata já se nota uma profunda intervenção humana com a construção de socalcos com pedras de basalto. São inúmeras linhas, pequenos quadrados cobertos de vinha, que sobem as encostas muito íngremes.
O engenho humano junta-se ao registo da evolução do Oceânico Atlântico.
Comentários