Kim Sin-yeol, de 81 anos, é a única residente dos Rochedos de Liancourt. Mudou-se para este lugar há 28 anos com o marido que, entretanto, faleceu em outubro de 2018.
De momento, Kim Sin-yeol encontra-se a viver na casa da filha, no Sul da Coreia. Mas é só até terminarem as obras de renovação da casa onde vive na ilha. As obras deverão terminar em abril.
“Ela diz que viver em Dokdo é relaxante. Estar lá tranquiliza a mente”, comentou o genro, Kim Kyung-chul, à CNN.
Através da CNN descobrimos também que Kim Sin-yeol não deverá voltar para a ilha sozinha. Devido à fragilidade do seu estado de saúde e também por estar tão isolada do resto do mundo, a filha e o genro pediram a extensão da residência permanente da mãe para a acompanharem.
O casal pretende vender selos, sabonetes e marisco aos turistas, maioritariamente sul coreanos, que façam a viagem de quatro horas de ferry desde o continente.
Muitos coreanos têm interesse em viver na ilha, para reforçar a soberania do território, porém, Seul tem negado o acesso e outros planos para a ocupação dos ilhéus.
Citado pela CNN, um funcionário do governo sul coreano explica que só há espaço para uma família ficar como residentes. Neste caso, a família de Kim é a privilegiada.
E a filha e o genro de Kim não vêem a mudança para a ilha apenas como uma oportunidade de negócio.“É um símbolo de que as ilhas são habitadas. Nunca ponderámos abandonar as ilhas Dokdo”, garantiu a filha.
A disputa das ilhas entre a Coreia do Sul e o Japão dura há mais de 300 anos. O Japão diz que a Coreia do Sul está a ocupar de forma ilegal o território, que para eles são as Ilhas Takeshima. E se, por um lado, o Japão diz que controla as ilhas desde o século XVIII, os coreanos afirmam que a ilha é deles desde o século VI. Na década de 1950, os coreanos colocaram guardas armados na ilha para consolidar o seu controlo.
Segundo a Travel and Leisure, mais de 160 mil turistas coreanos visitam as ilhas todos os anos. Para muitos sul coreanos, as ilhas representam um dever cívico. E isto não surpreende Tim Franco que fotografou as ilhas.
À National Geographic, o fotógrafo francês explica que os coreanos protegem muito a sua cultura e identidade. “Querem proteger o que têm”, afirmou.
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