Um novo estudo, levado a cabo pela Agência dos Direitos Fundamentais da União Europeia (FRA), tem o objetivo de revelar os níveis de racismo nos países da Europa.
"Imagine que se candidata a um emprego, mas nunca recebe resposta. Imagine que procura uma casa para a sua família, mas nunca a consegue. Imagine que sofre assédio ou violência que o deixa profundamente traumatizado. Esta é a realidade de muitas pessoas na União Europeia hoje, apenas por causa da cor da sua pele", escreveu Michael O'Flaherty, diretor da FRA, antes da apresentação do estudo.
A FRA constatou que quase metade das pessoas de cor na União Europeia já foram alvo de discriminação, traduzindo-se num aumento desde o último relatório, em 2018. O relatório sublinha que "muito do racismo não é visível".
Para se chegar a dados mais concretos, cerca de 6.750 pessoas negras foram entrevistadas em 13 Estados-membros: Áustria, Bélgica, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Polónia, Portugal, Espanha e Suécia.
Quer saber qual é o país com o pior resultado? E Portugal, em que posição estará ? Veja na lista abaixo.
1. Áustria: 67% (prevalência de descriminação nos últimos 12 meses)
2. Alemanha: 65% (prevalência de descriminação nos últimos 12 meses)
3. Finlândia: 57% (prevalência de descriminação nos últimos 12 meses)
4. Dinamarca: 47% (prevalência de descriminação nos últimos 12 meses)
5. Luxemburgo: 44% (prevalência de descriminação nos últimos 12 meses)
6. Bélgica: 44% (prevalência de descriminação nos últimos 12 meses)
7. Irlanda: 44% (prevalência de descriminação nos últimos 12 meses)
8. Itália: 33% (prevalência de descriminação nos últimos 12 meses)
9. França: 29% (prevalência de descriminação nos últimos 12 meses)
10. Espanha: 24% (prevalência de descriminação nos últimos 12 meses)
11. Suécia: 21% (prevalência de descriminação nos últimos 12 meses)
12. Polónia: 19% (prevalência de descriminação nos últimos 12 meses)
13. Portugal: 17% (prevalência de descriminação nos últimos 12 meses)
A Agência dos Direitos Fundamentais (FRA) da União Europeia presta serviços de aconselhamento fundamentado e independente aos responsáveis políticos nacionais e da UE, contribuindo assim para alimentar o debate, as políticas e a legislação em matéria de direitos fundamentais e torná-los mais eficazes.
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