A história desta famosa árvore começa em 1931, ano em que um grupo de operários que trabalhavam na construção do centro Rockefeller decidiu contrariar o clima de depressão que se vivia na América.
Gratos por terem trabalho, decidiram celebrar, na véspera de Natal, com a colocação de uma árvore decorada com coisas velhas e artigos feitos pelas suas famílias.
Com este humilde gesto, estavam longe de saber que tinham criado um dos símbolos de Natal mais famosos em todo o mundo.
No ano seguinte não se ergueu nenhuma árvore neste local e só em 1933 o centro Rockefeller decidiu dar continuidade a este gesto, com a primeira inauguração oficial do espectáculo de luzes.
A igualmente famosa pista de patinagem no gelo, colocada no mesmo local, surge um pouco mais tarde, em 1936.
Décadas de tradição não são sinónimo de estagnação, e o centro Rockefeller tem sabido adaptar-se aos tempos e às exigências do mundo atual.
Vejamos, por exemplo, o ano de 1944 em que as luzes se mantiveram apagadas devido à II Guerra Mundial. Ou então, o ano de 2007 em que a árvore se tornou mais consciente e solidária, com a substituição de todas as luzes por lâmpadas LED e o aproveitamento da sua madeira para a construção de casas em zonas do globo mais carenciadas.
A cerimónia oficial de inauguração, decorre todos os anos entre o final de novembro e o início de dezembro, estando este ano agendada para hoje, dia 2 de dezembro às 21h45, horário de Nova Iorque (02h45 em Portugal continental).
Este ano, ao contrário do habitual, a cerimónia inaugural estará vedada ao público, sendo apenas possível assistir a este espetáculo através de transmissão televisiva pelo canal NBC.
A partir de dia 3 de dezembro e até início de janeiro, será possível visitar o local, entre as 6h00 e as 12h00, embora com várias medidas de restrição e distanciamento social a que (feliz ou infelizmente) já vamos estando habituados, devido à pandemia de COVID-19.
Apenas no dia de natal, as luzes ficarão ligadas durante as 24 horas do dia.
A árvore deste ano é um abeto-falso de 11 toneladas, com cerca de 25 metros de altura e quase 15 metros de largura, que será decorada com mais de 50.000 luzes LED.
No topo, uma estrela de 400 quilogramas, desenhada pelo renomado arquiteto Daniel Libeskind em 2018 para a marca Swarovski, composta por 70 pontas cobertas por 3 milhões de cristais.
Há ainda outra curiosidade relativamente à árvore de 2020, pois com ela viajou uma pequena coruja, durante cerca de 300 quilómetros, desde a sua origem, a cidade de Oneonta, até Nova Iorque.
Depois de descoberto, o pequeno animal, que terá estado três dias sem comer e beber, foi enviado para um centro de reabilitação para ser, posteriormente, libertado na natureza, algo que foi encarado por muitos como uma mensagem de esperança e superação.
Enquanto esperamos pelo mágico momento em que as luzes se vão acender, vejamos a evolução da árvore ao longo deste milénio, basta clicar na fotogaleria acima.
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