Quase escondido num penhasco arborizado, o complexo era desconhecido até para alguns dos que viviam junto a ele. Tanto durante o período em que foi ocupado pela realeza, como no período do regime comunista no país, ali, planos foram traçados, conquistas planeadas e atos sombrios executados.

Atualmente, os soldados ainda estão lá, mas a cortina foi finalmente levantada sobre os mistérios, após a reforma de uma parte do complexo que abriga os governantes da Etiópia, desde que foi inaugurado pelo imperador MeneliK II, em 1889.

Moradores e turistas estão, agora, a ser convidados a explorar o Unity Park, criado fora do complexo do palácio. Embora permaneça como residência do primeiro ministro, o espaço foi oficialmente aberto ao público.

Um dos espaços que pode ser visitado é o Salão do Trono, onde existe a estátua de cera, do imperador Haile Selassie, que foi, posteriormente, declarado Rás Tafari, que é considerado um símbolo religioso entre os adeptos do movimento rastafári.

Além disso, o Unity Park tem um jardim de esculturas, com peças e instalações em nove pavilhões que representam as nove regiões da Etiópia. Cada um defende a cultura e as tradições que se manifestam num país tão diverso e historicamente rico. O Unity Park tem, também, um zoológico com diversas espécies da fauna africana, e especialmente da região do Corno de África, onde está o território etíope.

Além de simbolizar um governo que quer deixar para trás um passado autoritário, o parque faz parte dos esforços contínuos para embelezar uma cidade em rápido crescimento, repleta de cinco milhões de habitantes e construções.

Os bilhetes para o parque custam 200 birr etíopes para os habitantes locais (cerca de 6 euros) e 1.000 birr  (30 euros) para um passe de dia inteiro com um guia. Os estrangeiros pagam cerca de 18 euros de entrada e cerca de 45 euros pelo pacote de dia inteiro. O horário de funcionamento do parque é das 10h às 16h.