Quando acaba o mundo? A minha pergunta. A resposta do médico e viajante Custódio Issa foi imediata: São Tomé e Príncipe. Revisitá-lo após três viagens prévias que lhe permitiram fazer esta eleição.  Diz mesmo que poderia ficar, para sempre, a viver no Príncipe, ali junto da energia da reserva natural da Biosfera. Recorda o esvoaçar de papagaios, no Príncipe, completamente gritantes desde o céu… rentes à sua cabeça.

Há um país que também admite amar, de alma completa: o reino de Marrocos. Foi onze vezes a Marrocos e sempre a fotografar como se fosse a primeira vez. Então tentou perceber a razão da atração por este país: fez um teste de ADN e enviou uma prova para análise num laboratório de Houston. Ora o resultado: 13% dos seus genes estão ‘no Magrebe’, portanto está explicado! Tem ali sangue dos seus antepassados e é atraído para este reino. Atenção que estamos a falar de um médico que compreende, pela ciência precisamente, como a lei da atração aos lugares se explica.

Custódio Issa
Custódio Issa

Admite que admira o choque cultural apesar do facto de isto poder começar a tornar-se relativo com tantas viagens. Venham mais planetas que Issa embarcará! É que quando se viaja muito…vai começar a comparar muito também. Issa recomenda dois sítios remotos plantados no Pacífico, mas aos quais não voltará após o mundo ‘terminado’: reino de Tonga, na Polinésia, com uma população muito obesa e altíssima. Aliás não cabem nos lugares de avião e Issa refere a experiência de ter partilhado a aeronave com eles. Foi uma história engraçada e ‘apertada’. Issa observa, na sua lente, esta caraterística genética e também refere a consanguinidade que ali ocorre e pode ser explicativa (entre os fatores) desta idiossincrasia dos nativos de Tonga.

Vanuatu
Vanuatu créditos: Unsplash

Depois, indica Vanuatu: neste lugar remoto foi visitar um vulcão (o vulcão Yasur) em atividade contínua. Portanto a cada momento a erupção acontece. Issa: “reza (…) à beirinha da boca do vulcão”. É fascinante e curioso o facto de um viajante, não apenas um turista, extrapolar fronteiras e vulcões, mesmo sabendo que a qualquer momento a lava poderia tocar-lhe o corpo. E daqui salto para o próximo foco de se querer viajar, na ótima de um dos maiores viajantes do mundo: as pessoas.